Capítulo 3 - Laudera

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-Então você jura de pé junto que não lembra como chegou no "Chefe" da masmorra?
-Sim, eu não lembro de nada, quando eu percebi eu simplesmente tava lá, não sei nem te dizer se realmente foi eu que derrotei ele.
Chris olha mais adiante, visualizando a cidade. Por outra perspectiva Stella está cansada, mas ambos seguem firme em seu passo sob o crepúsculo reluzente no deserto.
-De toda forma, estamos quase chegando em Laudera, se eu não estiver errado.
-Você já tem algum lugar pra gente dormir?
-Não, não arrumei nada em Laudera, meu objetivo era voltar direto pra Liceia depois dessa masmorra, só que a gente deu azar.
-Você tinha dito algo sobre os poderes ficarem meio "Dormentes" depois de sair de uma masmorra, isso não pode ser perigoso?
-Não vou dizer que pode ser perigoso, eu afirmo, isso é perigoso.
Stella para um pouco e inspira bem forte.
-Nesse caso, me considere sua espada por hoje.
-Como se você aguentasse algo.

Os dois chegam na grande cidade de Laudera, suas casas feitas de barro mostram a resiliência da cidade quanto as criaturas locais e as grandes dificuldades enfrentadas através de grandes tempestades de areia. A cidade tem 5 grandes torres que servem como o grande refugio da cidade, sendo elas torres de controle feitas para controle de quem entra e quem sai.
-Impressionante, não impediram nossa entrada... -Diz Stella admirando a cidade.
-É claro que não impediram, eles estão é de olho nos vermes da Areia. De toda forma, a gente precisa de informação Stella.
-EI, ALGUÉM SABE ONDE TEM UM LUGAR PRA RANGAR E DORMIR? -Stella grita aleatoriamente.
-NÃO DESSE JEITO DESGRAÇA! -Diz Chris tampando a boca de Stella.
-Na verdade eu sei... -Diz um velho senhor de barba grande e uma grande careca. Sua aparência faz ele ser um homem de idade indefinida, mas taxado como velho. -Se seguirem reto por essa rua, vocês vão chegar em um barzinho, lá eles tem a opção de se hospedarem... Mas não é nada muito chique, não vai ter meios comunicação ou as tecnologias como na Capital.
-M-Muito obrigado senhor! -Diz Chris agradecendo e puxando Stella, ainda com a mão na boca dela.

Andando um poucos pelas ruas, as pessoas trocam olhares como se os julgassem enquanto Chris fica extremamente envergonhado com essa situação. Embora isso aconteça, ambos chegam ao estabelecimento.
-Stella, se você abrir a boca por qualquer coisa, eu te mato.
Stella responde com um joinha. As pessoas os encaram, mas logo voltam para bebedeira.
-Boa noite senhor, quanto fica quarto para dois? -Chris pergunta esperando uma resposta do taverneiro.
-Não tem. -Responde ele enquanto entregava chaves para um homem.
-Não tem?
-Pra você não tem. Você não é daqui.
-Já não tínhamos superado isso na guerra contra os dragões? Isso é tão trivial, você não pode abrir uma exceção hoje? -Diz Chris praticamente implorando ao taverneiro.
-Não é Não. Se você me encher o saco de novo, eu te mato aqui mesmo mauricinho. -Diz o taverneiro com as mãos abaixo da bancada. Stella está puxando Chris para fora, mas ele não se conforma e novamente vai para falar com o taverneiro.
-300 mil! Eu ofereço 300 mil pelo quarto!
-EU JÁ DISSE QUE NÃO, SEU MERDA! -Diz o taverneiro sacando um revolver antigo de 6 balas. -Você tem 5 segundos para sair dessa taverna, caso contrario você vai ver conhecer os adores do sol em seu habitat natural!
Chris saca sua karambit e coloca o pé na mesa encarando o taverneiro e esperando uma resposta. Stella, sente os olhares ao redor e se prepara para um possível combate, colocando a mão sob sua katana.

O povo da taverna, não espera muito e ajudam o taverneiro, cercando Chris com múltiplas armas, sendo elas corpo a corpo ou a distancia, mas isso não amedronta Chris, ele está firme em sua ameaça, esperando o próximo passo do taverneiro.
-Vamos, você não disse que ia me matar? Já passaram 5 segundos, e eu não vou sair daqui sem um lugar para dormir.
Chris é atingido por todos os lados por quase todos os tipos de armas. Stella estranhamente calma, apenas espera caso eles se virem contra ela. O garoto caído no chão parece claramente morto. Stella vai lentamente se afastando, mas é barrada por uma garota ruiva entrando no bar, então apenas tenta se misturar a multidão esperando a sua hora de agir. O corpo de Chris então começa a se mover.
-Essa masmorra fudeu mesmo meus poderes hein? -Diz Chris estralando seu corpo que estava a regenerar. -E ai Stella, você não ia ser minha espada?
Stella saca Muramassa e avança para cima dos frequentadores.
-Você é um pé no saco sabia? Podia muito bem não comprar briga.
-Infelizmente, eu odeio xenofobia.
-PAREM. -Uma voz com a força de um trovão ecoa pela taverna, vindo da garota ruiva ecoa. -Vocês me decepcionam a cada dia mais... Eu mandaria matarem cada um de vocês por discriminação, já não aprenderam o bastante na guerra dos dragões? Gostariam de participar daquele mal novamente? Vou dar duas escolhas a vocês, ou vocês repensem suas ações, ou eu mato cada um aqui. Quanto a vocês dois aí, saiam daqui agora.
Stella guarda sua espada e arrasta Chris para fora com um gesto de obrigado.

Os dois dormiram na praça naquele dia, sem nenhum ataque aparente.

Carnaval do ReiWhere stories live. Discover now