Hyunjin, um garoto apaixonado pela arte, não tem bom relacionamento com seus pais e os únicos que o apoia são seus amigos que no fundo são meros idiotas que não entendem nada de arte. Mas.. E se existisse algo que ele odiasse mais que seus pais mas...
- Cheguei. - Falei ao fechar a porta de casa sem olhar para meus pais
- Onde o senhor estava?? - Meu pai pergunta sentado no sofá lendo jornal
- Na escola. - Falei pisando no primeiro degrau da escada até que ele me interrompe
- Me dê sua mochila Hyunjin. - Ele fala fechando o jornal e minha mãe aparece com um café em mãos logo entrega a xícara pra ele
Olhei pra ele desacreditado.
- Não ouviu seu pai?? - Ela fala se sentando ao lado dele
- Pra que isso?? - Falei incrédulo
- Me dê agora! - Ele exige e pega a mochila de minhas mãos
- Por que você tá fazendo isso?! - Pergunto estressado até que ele sorri de lado e logo sou jogado com força no chão
- É com essas merdas que você enche sua cabeça em vez de melhorar seu boletim?! - Ele fala mostrando meus pincéis e meus desenhos
- Não faz isso.. - Tentei implorar mas em uma fração de segundos ele quebrou meus pincéis e rasgou todos os meus desenhos
- Eu trabalho o dia inteiro, colocando a risco minha vida por você.. E é assim que você me agradece?! - Ele fala entre os dentes jogando tudo no chão
- Trabalho?! Você chama isso de trabalho?! - Gritei com ele indignado
- Do que você tá falando?? - Ele me olha sério mas ao mesmo tempo confuso
- Por quanto tempo achou que poderia esconder isso de mim??.. Achou que eu iria gostar dessa família?! Mesmo sabendo que meu "pai" trabalha num bordel e que a mulher que eu chamo de mãe é uma.. Prostituta..?! - Encarei ele fechando meus pulsos com força mas logo sou recebido com um forte soco no rosto
- Eu acho melhor você calar a merda da sua boca, seu moleque doente e infeliz!! - Ele gritou alto me dando um chute no estômago
- Você só se casou com a puta que eu chamo de mãe por minha causa, mesmo assim, nem amar você me ama. - Falei caído no chão gemendo de dor
Ele me olhava com ódio e eu o retribuía esse olhar pois, ódio, era o sentimento mais puro que eu estava sentindo ali.
- Se você nos odeia tanto.. Sai da minha casa agora. - Ele falou entre os dentes com muita raiva
Olhei pra ele sem entender aquilo.
- Mas que.. - Minha mãe me interrompe
- Querido não seja tão duro com ele.. - Ela olha pra mim sorrindo e deposita um beijo na bochecha dele
Olho com raiva pra eles.
- Eu vou ter que repetir?? - Ele pergunta tentando manter a raiva minimizada
Eu não sabia o que fazer, era tudo tão confuso. Onde eu ia ficar, pra onde eu ia it, o que eu ia comer, onde eu ia dormir..
Sem tempo pra pensar.
O meu pai pegou uma mala e abriu a porta de casa, jogou a mala lá fora e veio em minha direção.
- Nem pense em voltar. - Ele falou e me puxou com força pela gola da camisa logo me jogando pra fora de casa e fechando a porta com muita força
- Eu nunca iria voltar pra esse inferno!! - Gritei mas não ouvi nenhuma resposta
Respirei fundo. Olhei em volta e logo avistei a mala, fui até ela e abri ela, quando abri vi todas as minhas roupas e minhas coisas de desenho.
Pelo menos essas ele não quebrou e nem rasgou..
Mas agora.. Pra onde eu vou??
...
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