Capítulo 2: O Segredo Oculto

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Helena não conseguia tirar os olhos da porta trancada. As palavras do mordomo ecoavam em sua mente, mas a curiosidade era insuportável. Depois de uma breve refeição servida em uma sala silenciosa, ela decidiu explorar a mansão por conta própria. Cada corredor parecia mais sombrio que o anterior, e o som de seus passos ecoava pelas paredes como um aviso distante.

Durante a caminhada, Helena notou um quadro diferente dos outros. Ele estava mal iluminado, mas algo naquela pintura a fez parar. O retrato mostrava um homem de meia-idade, com olhos penetrantes e um sorriso enigmático. O nome escrito na placa de bronze abaixo dizia: Alaric Brumont, seu tio-avô. Ela sentiu um arrepio. Aqueles olhos, mesmo pintados, pareciam observá-la, como se soubessem algo que ela não sabia.

Helena decidiu que precisava descobrir o que havia naquele quarto trancado. Naquela mesma noite, esperou que o silêncio da mansão fosse completo, levantou-se da cama e saiu pelos corredores frios. Sua respiração era baixa, e o chão de madeira rangeu a cada passo. Quando chegou à porta trancada, ela hesitou por um momento. Sua mão tremeu ao tocar a maçaneta gelada.

De repente, um leve clique ressoou, como se a fechadura tivesse cedido sozinha. A porta se abriu lentamente, revelando um quarto antigo, congelado no tempo. O ar era pesado e estagnado, e a lua projetava uma luz fraca pela janela empoeirada. No centro do quarto, uma mesa de mogno brilhava levemente à luz da lua, com algo pousado sobre ela. Aproximando-se, Helena viu um diário de capa de couro, coberto por uma fina camada de poeira.

Ela abriu o diário com cautela. As primeiras páginas falavam sobre o cotidiano do tio-avô, mas à medida que avançava, os relatos se tornavam mais perturbadores. Alaric mencionava vozes que ele ouvia à noite, vindo das paredes da mansão, e descrevia sonhos vívidos de criaturas ancestrais, como se estivesse sendo assombrado por segredos antigos.

Então, Helena encontrou algo que a fez parar de respirar por um momento: um mapa. Desenhado à mão, ele mostrava um caminho que levava aos subterrâneos da mansão. No final do caminho, um círculo marcado com um símbolo que ela nunca tinha visto antes.

A adrenalina corria por suas veias. Algo muito maior estava escondido naquele lugar. E Helena sabia que, de alguma forma, o destino dela estava ligado a isso. Sem pensar duas vezes, ela pegou o mapa e saiu do quarto, determinada a descobrir o que estava escondido nos subterrâneos da mansão Brumont...

O Segredo da mansão brumont.Onde histórias criam vida. Descubra agora