Capítulo 14

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Capítulo 14

Salvatore estava no escritório da casa, a mente cheia de preocupações e a imagem de Thamy não saía de sua cabeça. As investigações, o ataque, e agora a incerteza sobre o que o futuro guardava para eles o deixavam inquieto. Sem falar que mais cedo se deixou levar pelo desejo e a sentiu vir em sua boca. Ele a chupou, sentiu seu gosto e cheiro e quase a fodeu. Se Thamy não tive dito ser virgem, ele teria transado com ela e as coisas teriam tomado um rumo diferente.

Se ele tirasse sua virgindade, Salvatore sabia que aquilo significaria muito mais do que um simples ato.

A ideia pesava sobre ele. Thamy não era como as outras mulheres com quem ele já estivera. Havia algo de profundamente delicado e ao mesmo tempo forte nela, algo que ele sentia que deveria proteger, não apenas desejar. Ela confiava nele de uma maneira que poucos confiariam, mesmo que fosse visível a luta interna que travava para baixar suas defesas.

Ele sentia o peso de sua responsabilidade. Tirar a virgindade de Thamy seria mais do que um momento de paixão, seria cruzar uma linha que ele não poderia desfazer. Seria o marco de uma transformação para ambos. Para ela, seria abrir mão de algo íntimo, algo que carregava dentro de si com um cuidado quase sagrado. Para ele, seria mais do que saciar um desejo. Seria aceitar o fato de que, a partir daquele momento, ela se tornaria parte de sua vida de um jeito que não havia volta.

Ele a olhava e via sua vulnerabilidade misturada com uma força silenciosa, uma vontade de ser vista, mas também de ser protegida. Ele queria ser essa pessoa para ela. Mas, ao mesmo tempo, sentia o peso do passado que ambos carregavam. Salvatore sabia que não era um homem comum, que suas escolhas e seus erros o haviam transformado em alguém difícil de se aproximar. E, ao tocar Thamy, sabia que a decisão de se entregar a ele poderia marcá-la de uma maneira que ele não sabia se estava pronto para suportar.

Ele queria ser digno desse momento. Não apenas como um homem que deseja uma mulher, mas como alguém que pudesse realmente estar ao lado dela. Contudo, a incerteza de estar à altura do que ela precisava o assombrava. Ele sabia que, se a tomasse em seus braços e atravessasse essa linha, a relação deles jamais seria a mesma. E, mesmo com todo o desejo que sentia, havia uma parte de Salvatore que se perguntava se merecia esse tipo de entrega de Thamy.

Tirar sua virgindade era mais do que uma questão de posse ou prazer. Era sobre confiança. Era sobre abrir um espaço no coração dela que ele nunca poderia trair.

Além disso, sabia que sua mãe ainda não estava convencida de sua decisão de trazer Thamy para a mansão. Ele a esperava, sabendo que esse confronto era inevitável. Quando ela entrou, ele sentiu o clima pesar. Sua mãe sempre fora uma presença forte, mas agora havia algo mais profundo na sua expressão – dor, preocupação, talvez até desconfiança. 

Ela se aproximou devagar, fechando a porta atrás de si, e olhou nos olhos do filho.

— Salvatore — começou, a voz baixa, mas firme. — Precisamos conversar sobre essa garota... Thamy.

Ele suspirou, já esperando o que estava por vir.

— Ela é minha protegida agora — respondeu, com seriedade. — Eu a trouxe para cá para garantir que ela estivesse segura.

A mãe dele franziu o cenho, cruzando os braços.

— E vocês dois têm algum tipo de... relação? — perguntou, o tom desconfiado.

Salvatore hesitou, mas acabou assentindo.

— Eu me sinto atraído por ela — confessou. — Mas isso não significa que eu a trouxe para cá por causa disso. Ela está em perigo, e eu preciso protegê-la.

Salvatore Romero: Dançado com o perigoOnde histórias criam vida. Descubra agora