Seus Batimentos Sintonizados em Mim ; OIKAGE / KAGEOI

Um Vinho Barato

omg hii ૮ ˙Ⱉ˙ ა
com a queda do twt eu criei vergonha na cara e vim postar minhas au's por aqui, porque ficar só chorando as traças com a queda não dá, né?
vou começar aos pouquinhos postando as que eram só escrita e depois vou postando as que eram formato de au mesmo (aquelas de chat).

todas as au que eu vou postar são do meu perfil do twt @4tskk (@4tskki onde eu as postava). então se quiser fuçar lá pra ver se é eu mesmo, fica a vontade !!!

todas as au's que eu vou postar aqui são de haikyuu e >rareshipps<, eu não escrevo com genéricos, se não gosta, por favor, só passe reto daqui, obrigada!

comentários e favs são muito mais que bem vindos, EU ESPERO QUE GOSTEM :3
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#oikage au! “seu batimento
sintonizado em mim”.

Uma garoa caía sobre o corpo alto, deslizava pelo rosto bochechudo e vermelho pela mudança constante de temperatura.

Um terno bonito e caro vestia a estrutura esbelta. No braço esquerdo, um sobretudo bege – cheio de broches comprados na feirinha que funciona todo domingo, escolhidos a dedo por seu amado – e, de bônus, o sobretudo estava cheirando a uma amostra de perfume que ganhara ao passar em frente a uma loja que estava inaugurando.

Na mão direita, um vinho quente, comprado na loja de conveniência do estacionamento do shopping. Só havia dois. O outro foi comprado por um loiro alto de óculos.

Sentia vontade de cascar o bico, bem no meio da rua mesmo. Antes de sair de casa, seu amado havia frisado que ele deveria levar um guarda-chuva, mas ele afirmou com convicção – ou intuição fajuta – que faria um sol de lascar naquele dia. Não tinha com o que se preocupar.

A questão era que deveria ter ouvido seu amado, pois agora estava perto de parecer o coringa em meio ao estacionamento do shopping até a saída.

Apesar do tempo estar daquele jeito, ainda havia sol, o que deixava o clima quase abafado. Sentia-se sufocado de calor naquele terno caro. Andou um tanto apressado, sentiu o vento soprar em seu rosto juntamente com os chuviscos. Eram quatro e cinquenta e seis, dia seis de março do ano novo que chegou, a estação do verão. Era um dia especial.

No verão do ano passado, abafado e verde vômito, sem feriados ou meios de descanso senão aos sábados e domingos, suas quintas tinham cheiro de suor e cansaço, eram amareladas – quase que mostarda – e exaustivas. Até sexta-feira chegar. O céu amanheceu coral, a sexta cheirava a lavanda, e o gosto que ficava em sua boca era de melancia, mas não como a fruta…! Era mais como o picolé ou o suco, totalmente refrescante.

O ponto era que, mesmo que saísse um caco de exausto do trabalho, passava na biblioteca do shopping por nada. O motivo era vadiar e observar um homem gracioso, coberto por um suéter e um óculos tão redondo quanto o seu.

Fingiu pegar um livro qualquer da estante ao lado dele, apenas para contemplar o outro quebrando a cabeça desenhando artes de realismo, uma grande dor de cabeça, pelo que notou.

Não custou muito até que o homem do suéter o encarasse com um sorriso de canto. "Eu sou tão gato assim que você nem ao menos sabe disfarçar que gosta de mim?" Sem vergonha alguma, respondeu: "Poxa, já que falhei em disfarçar, quando sai nosso encontro?" Afinal, o que tinha a perder? Foi com esse pensamento que chegou onde está hoje, dividindo um apartamento com o seu amado, dormindo abraçado a ele, sentindo seu cheiro natural de lírios e acordado com beijos molhados na testa, pescoço e nariz.

Não demorou muito para chegar no apartamento onde morava. Esse apartamento, em específico, ficava atrás do shopping, em um bairro um tanto nobre. Nada mais justo para o conforto de um jovem de vinte e oito anos, com todas as suas conquistas trabalhadas ao longo dos anos. Esse mesmo apartamento de sete andares, com cores frias e iluminação baixa, era confortável para os olhos alheios e dava um toque melancólico e sensual ao local.