O nascer do sol anunciava o fim da patrulha. Normalmente o que viria a seguir seria algumas merecidas horas de sono antes de iniciar o dia como seus respectivos alter egos, contudo aqui estavam Batman, Asa Noturna e Insania, juntamente com Alfred, o mordomo, descendo em direção a batcaverna.
Foi uma noite difícil para todos, Ra 's Al Ghul teve um novo impasse com Batman, e os heróis locais se mobilizaram para garantir que seus capangas não criassem problemas para os civis em Gotham. Asa Noturna e Robin impediram um roubo a diamantes raros inestimáveis no museu, Robin Vermelho lutou ao lado de Batman contra Al Ghul e seus homens, e isso era apenas mais uma noite em Gotham. Pelo menos era o que pensavam.
Insania estava nas ruas patrulhando os becos escuros, garantindo que nenhum dos inimigos locais resolveria dar as caras e atrapalhar a missão, era possível ouvir as sirenes ao longe, pela distância as viaturas já estavam no museu, o clímax da batalha estava próximo. Os becos de Gotham estavam surpreendentemente calmos… calmos demais, isso era estranho.
Resolveu que a visão obtida do alto não estava funcionando, precisava saber o motivo da inusitada quietude. Em alguns minutos estava se aproximando do beco do crime, normalmente cheio de batedores de carteira, traficantes e garotas de programa, agora estava ensurdecedoramente silencioso, dava para ouvir seus próprios passos ecoando. Insania começou a compreender a origem do silêncio ao ser surpreendida por uma trilha de sangue que a guiou a uma ala escura atrás de um prédio abandonado onde encontrou uma verdadeira chacina, seis, talvez mais homens mortos com cortes e tiros pelo corpo.
Seguindo a trilha aterrorizante de corpos sem vida a jovem encontrou enfim o responsável por toda aquela cena hedionda. Em meio a escuridão um par de olhos brilhava como de uma fera selvagem enquanto ela o observava finalizar sua próxima vítima. Uma batalha se seguiu entre tiros e flashes dourados de energia lançados por Insania para desviar as balas, o seu rival mascarado tentava matá-la como se fosse sua maior prioridade, mesmo ao conseguir tirar as armas de suas mãos ele ainda tentava atacá-la com lâminas.
Ele se movia rápido, mas pela proximidade durante a luta corporal Insania pôde vê-lo melhor, era alto e forte, usava uma roupa vermelhas com um capuz, e uma máscara cobrindo a boca, apesar do olhar psicótico ele a remetia a alguém que conheceu anos antes… alguém que ela nunca conseguiu esquecer ou superar a perda.
Como em um piscar de olhos ela desapareceu do campo de visão dele, mas nem por um segundo ele abaixou a guarda, e então tudo que ele pode ver pela visão periférica foi a máscara amarela com um sorriso antes de tentar golpeá-la inutilmente, os campos ilusórios eram a marca registrada da vigilante Insania, a maioria de suas vítimas beiravam a loucura ao lutar contra ela, mexer com a mente de pessoas era algo perigoso, mas pequenas doses de ilusão sempre se provou efetivo.
Depois de alguns minutos confundindo-o com alucinações de si mesma, finalmente conseguiu acertá-lo derrubando sua máscara, o que viu foi desconcertante, estaria cega ou louca se não o reconhecesse. Ela conseguiu prendê-lo, conjurar objetos também era parte de suas habilidades, e uma corrente de prata pareceu apropriada no momento. Na verdade, a parte mais difícil seria levá-lo até o quartel general.
A escuridão da batcaverna não escondeu a surpresa e choque nos olhos dos vigilantes e do mordomo ao verem a figura ainda acorrentada na poltrona.
— Não pode ser… — Asa Noturna murmurou.
O rapaz na poltrona o encarava com um olhar mortal, como se o único sentimento que um dia teve por essas pessoas fosse nenhum outro além de ódio.
Antes de fugir pelas docas, Ra 's Al Ghul disse ter deixado algo para o Batman, não disse o que, mas não era difícil deduzir agora a que ele se referia, havia, de forma totalmente deturpada, devolvido seu filho.
— Jason…
VOCÊ ESTÁ LENDO
INSANIA [Jason ToddxOc]
FanfictionKeira Rose Thorn tem um passado misterioso do qual pouco se sabe. Ao ser resgatada por Batman e Constantine de uma seita, Keira pôde experimentar enfim como era a vida de uma criança normal e a convivência com uma família de verdade, porém a alegria...