À luz do luar

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Georgiana

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Georgiana

No dia seguinte, após a vigília, eu e minha irmã Penelope, fomos para a igreja a fim de celebrarmos a missa de domingo. Caminhávamos pelas ruas de pedra do condado até que chegamos à vila.

— Mas então, ele lhe trouxe para casa e aconteceu mais alguma coisa?

— Não, não aconteceu nada. — Respondi entre um sorriso.

— Me engana que eu gosto! Olha só como fica vermelha só em lembrar! Vamos! Desembuche...
Ele a beijou?

Fiz que sim com a cabeça.

— Ah eu sabia! Céus! E como foi? Você gostou? Foi como da primeira vez?

— Foi muito, muito melhor! Da primeira vez foi maravilhoso também, mas dessa vez ele fez uma coisa que... — Revirei os olhos enquanto comprimia os meus lábios. — Sabe aquele livro que lemos em que a mulher chegou em um nível tão alto de prazer que sentiu as pernas bambearem?

— Se lembro!

— Então... Aconteceu. E nem precisou do... — Fiz um sinal para que Pen entendesse do que me referia.

Penelope abriu a boca em um misto de choque e diversão.

— Uau! Não sabia que isso existia de verdade... Você não disse que era sempre uma droga com Noah?

— Ah! Quem é Noah? Não, não, não... Não tem nem comparação! Com ele era tudo muito forçado, muito mecânico. Eu não sei como consegui levar essa relação à diante por tanto tempo...

— E com Peter? Você acha que pode levar à diante?

O sorriso em meu rosto apagou-se. Se fosse depender dos sentimentos que tenho por ele e dos momentos deliciosos que passamos juntos, com certeza minha resposta seria sim. Mas não depende.

— Eu não sei Pen. Não é tão simples...

— Entendo. — Ela baixou sua fronte e continuamos caminhando em silêncio na direção da capela.

Chegamos até a capela e fizemos o sinal da cruz antes de entrar. Logo em seguida observei Peter no altar, devidamente vestido com sua batina e com sua postura impecável.

Achava engraçado que eu podia fitá-lo o quanto quisesse, que à essa distância ele nem ia perceber sem seus óculos.

Após a liturgia da palavra feita por Cornellius, os pais e padrinhos de uma criança foram chamados no altar à fim de batizá-la. Peter foi o padre escolhido para realizar o rito.

Ele tomou a bebê rechonchuda e cheia de dobrinhas no colo e a posicionou acima da pia batismal. Encheu uma concha de água e a derramou sobre a cabeça dela três vezes ao proferir as palavras:

— Eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, Amém.

E em cada palavra a neném dava uma gargalhada que lhe abria um sorriso meigo nos lábios também.

Confissão proibida de Georgiana Crane (OS CRANE- PHILOISE). Onde histórias criam vida. Descubra agora