Conforme os dias iam passando, Jake e Heeseung se aproximavam de forma quase natural. As conversas, que antes eram breves e hesitantes, começaram a fluir com mais facilidade. Cada palavra trocada criava uma conexão mais forte entre eles, algo que nem precisava ser dito em voz alta, mas estava ali, no silêncio confortável que às vezes se instalava entre um assunto e outro.
A presença física também se tornava algo mais presente, ainda que de forma sutil. Um toque de mão no ombro, um abraço inesperado ao final de uma conversa, ou até os dedos que se encontravam sem querer. Heeseung, sempre cuidadoso, respeitava os limites de Jake, que ainda estava aprendendo a lidar com essa proximidade. Mas o que surpreendia Heeseung era que Jake, aos poucos, não só aceitava esses gestos, mas também os buscava. Às vezes, era Jake quem encostava a cabeça no ombro de Heeseung, ou deixava que os dedos deles se entrelaçassem por mais tempo.
Os beijos na testa ou na bochecha, que antes deixavam Jake corado e sem saber como reagir, agora vinham com uma leveza que ele começava a apreciar. Cada gesto, cada toque, parecia desenhar uma nova dinâmica entre eles, algo que ia além da amizade, mas ainda sem pressa, sem a necessidade de rotular o que estavam sentindo.
E, de alguma forma, Jake estava se acostumando a essa nova realidade, se permitindo sentir e desejar essa proximidade. A barreira entre o medo do desconhecido e o conforto de estar ao lado de Heeseung começava a desaparecer.
Ele e Heeseung estavam vivendo momentos especiais, momentos que Jake nunca tinha experimentado antes. O sorriso de Jake, que antes era raro, agora aparecia cada vez mais, e Heeseung não podia deixar de notar. Cada vez que aquele sorriso surgia, era como se iluminasse não só a mansão, mas também os cantos mais escuros da própria alma de Heeseung. Ver Jake sorrir era quase como assistir uma flor desabrochar, um lembrete constante de que ele estava finalmente se abrindo e permitindo-se viver coisas novas, sentindo-se confortável para deixar esse lado aparecer.
Seri, que antes parecia uma constante ameaça na vida de Jake, havia recuado. Agora que Jake estava de volta às suas funções e tudo na mansão havia voltado ao seu curso normal, Seri parecia satisfeita com o novo equilíbrio. Para ela, a calmaria significava que as coisas estavam sob controle. Já para Heeseung, essa paz significava algo muito mais profundo. Cada pequeno instante de tranquilidade ao lado de Jake era uma vitória pessoal, uma conquista em meio ao caos que sua vida se tornara nos últimos tempos.
E Heeseung estava empolgado. O fato de seus sentimentos por Jake estarem sendo correspondidos era como uma luz acendendo em sua vida, dissipando qualquer sombra que ainda pairasse sobre ele. Ele precisava contar a alguém, compartilhar essa alegria que estava tomando conta de seu coração. E quem melhor para isso do que Jay? Heeseung pegou o celular, ansioso para ligar para seu melhor amigo e contar as novidades.
Jay atendeu o telefone em poucos segundos, e Heeseung sorriu instantaneamente ao ouvir a voz do amigo. Enquanto ele contava os últimos acontecimentos sobre Jake, podia ouvir o suspiro dramático do outro lado da linha. Jay estava comemorando com ele, mas não demorou muito até soltar uma reclamação clássica.
— Alguém tem que se dar bem, porque eu mesmo 'tô apanhando da vida com um cara do meu curso. — Jay lamentou, mas dava para notar um toque diferente em sua voz, algo entre a frustração e uma provocação divertida.
Heeseung riu, logo colocando a chamada no viva-voz quando Jake entrou no quarto. Jay, sendo quem era, insistiu que Jake se juntasse à conversa, abrindo espaço para compartilhar seus fracassos amorosos. Jay sempre brincava que ele era o ser humano mais odiado pelo cupido, e parecia que dessa vez não seria diferente.
— Você não 'tá entendendo, Heeseung hyung! — Jay começou, a irritação em sua voz sendo ao mesmo tempo séria e cômica. — Ele fica me tirando a paciência o tempo inteiro. É "hyung" 'pra cá, "hyung" 'pra lá...
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Red looks good on you
FanfictionJake vivia uma vida miserável como assassino de aluguel. Ele era obrigado a carregar esse fardo para garantir a sobrevivência de sua mãe que tinha uma doença terminal. Entretanto, um serviço em especial mexeu muito com ele, e ele se viu perdido entr...