Depois de tudo o que passaram, os cavaleiros acham que podem viver tranquilamente com suas famílias, mas antes da tempestade vem a calmaria. E agora, só resta para seus filhos enfrentar um grande problema e continuar o legado da família.
Após ameaça...
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Vejo alguns dos irmãos de Octavia entrando na mansão, voltando do racha, as caras de quem festejaram a noite inteira. Gun e Ivar tem machucados no rosto, o que indica que eles brigaram com alguém na festa. Típico.
Eles passam por mim, me dando bom dia desanimados, depois olhando com expectativa para a porta de Octavia, mas eu logo falo:
— Ainda não.
Logo seus semblantes caem, e seus passos ecoam enquanto voltam para seus caminhos. Fico sentado no chão ao lado do seu quarto, o mais perto dela que eu chego no momento.
Ela voltou, mas sinto sua falta mais que nunca. Saber que estamos sobre o mesmo teto, mas não posso toca-lá, beija-lá, conversar com ela está me matando. Sinto falta de Octavia todos os dias.
Winter já está com pena de mim. Todo dia que passa para ver a filha, que se recusa a sair, ela percebe que estou aqui e fala comigo. Seu rosto mostra a empatia que tem por mim. Talvez gratidão também, por não abandonar sua filha nesse momento.
Fiquei no mesmo lugar enquanto Winter chega e entra, dando um bom dia animado para Tav. Não consigo escutar uma resposta pois a porta se fecha.
Olho para minhas mãos, me perguntando como deixei isso acontecer. Tínhamos nos declarados e finalmente estava tudo perfeito, então tudo aconteceu. Mas não me importo de a reconquistar a cada dia.
As vezes, fico lembrando daquelas duas semanas antes da bomba explodir. As duas semanas entre nossa declaração e seu sequestro. O tempo que ficamos só nós dois naquele chalé é um tempo que não volta mais.
Quando penso em levantar para ir em casa, tomar um banho e comer algo, o barulho da maçaneta abrindo me chama atenção. Winter sai, e sorri, mesmo não me olhando nos olhos.
— Quer entrar? — ela pergunta, me surpreendendo.
— Ela...? — pergunto, apenas para ter certeza.
Apesar de estar sempre ao lado de sua porta, não estava esperando que ela realmente me deixaria entrar para vê-la.
— Falei com ela, e Octavia concordou em deixar você entrar. Só... tenha cuidado. Não a pressione muito, okay?
Sem esperar mais nada, me levanto em um salto. Arrumo meu conjunto de terno que estou usando, tentando parecer apresentável depois de passar a noite no chão.
Entro no quarto, e a primeira coisa que faço e ver ela. Meu coração para, e tenho que abrir um pouco a boca para poder respirar. Octavia estava sentada na cabeceira da cama usando um pijama de manga longa e calças, provavelmente escondendo os hematomas.
Seus olhos não encontram os meus e quase suplico para ela me olhar. Vejo que está nervosa, brincando com seus dedos.
— Eu vou deixar vocês a vontade — Winter diz, parecendo nervosa, indo para a porta.
