O Segredo do Olimpo

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O Segredo do Olimpo

Percy e Annabeth estavam andando pelo bosque do acampamento, conversando sobre sua próxima missão.

— E aí, Percy, o que você achou da nossa última missão?  
Percy estava olhando para o céu, distraído.  
— Ei, Percy! Oi, tá me escutando?  
— Ah, oi! Desculpa, tava pensando em outra coisa.  
— Posso saber o quê? — Annabeth parava na frente dele.  
— É melhor não... — Percy coçava a nuca.  
— Ok... — ela voltava a caminhar.

Quíron havia chamado os dois porque tinha uma missão: queriam que eles fossem até as forjas de Hefesto para pegar um artefato que estava lá. Eles aceitaram, arrumaram suas bolsas e, no dia seguinte, com o sol se pondo no oeste, partiram.

O sol já havia se posto, então eles decidiram passar a noite ali. Percy se sentou e olhou para Annabeth.

— Você está bem?  
— Estou, sim.  
— Como foi seu dia? Você passou o dia inteiro sem falar comigo.  
— Só estou um pouco cansada... — Annabeth esticava o braço.  
— O dia todo?  
— O que foi, Percy? Por que você quer tanto a minha atenção? — Ela olhou para ele, curiosa.  
— Nada, eu só gosto de conversar com você. Achei estranho você não falar comigo hoje.  
— Ah, Percy, por favor... vai ficar assim agora?  
— Desculpa... vou arrumar minha barraca.

Percy arrumou sua barraca e entrou. Deitou e ficou olhando para o teto. Começou a chover e Annabeth não gostava de ficar sozinha em temporais. Percy ouviu o zíper da barraca abrir e viu Annabeth, com um urso de pelúcia que ele acabara de descobrir que ela dormia. Molhada, ela perguntou:

— Posso passar a noite aqui? Não gosto de dormir sozinha com essa chuva.  
— Claro, vem — ele sorriu.

Annabeth entrou, se secou e deitou ao lado de Percy. Ainda estava com um pouco de frio, então Percy a cobriu e se aproximou, entrelaçando os braços em volta da cintura dela.

— Assim tá melhor? — sussurrou no ouvido dela.  
— Sim, muito melhor — ela se aconchegou mais no corpo de Percy.

Percy começou a mostrar seu lado carinhoso, coisa rara, fazendo carinho no cabelo dela. Annabeth disse:

— Ei, Percy...  
— Oi?  
— Você tá me tratando como se eu fosse sua namorada ou algo assim.  
— Você não tá gostando?  
— Não é isso, é que você normalmente não me trata assim.  
— Não tô entendendo... você tá incomodada?  
— Não, eu tô bem.  
— Então o que foi?  
— É que...  
— Ei, olha pra mim.

Annabeth se virou e eles se encararam.

— O que foi? Fala — Percy colocou a mão no rosto dela. Sua mão era quente e macia, nem parecia que ele lutava tanto.  
— Será que a gente pode ficar assim? — Annabeth perguntou.

Percy se aproximou mais e deu um selinho demorado nela.

— Claro que a gente pode. Somos donos de nossas vidas.

Um sorriso se espalhou no rosto de Annabeth, e ela deu umas risadinhas baixas. Percy falou de novo:

— Anna, eu queria falar com você. É um assunto meio desconfortável, se não quiser falar, não precisa.  
— Fala — ela olhou para ele, ainda sorrindo um pouco.  
— Eu queria dizer duas coisas. Primeiro, eu não sei me expressar muito bem, esse negócio de sentimentos é novo pra mim, então se eu falar algo errado, desculpa. E, segundo, eu...  
Os olhos de Annabeth estavam vidrados nos movimentos dos lábios de Percy.  
— Eu... eu te amo. Não sei como dizer isso, mas faz dias que me sinto feliz ao seu lado, me sinto quente. Seu sorriso pra mim vale mais que mil palavras. Eu quero você pra mim, só pra mim. Quero começar a tentar criar uma família com você...