O orfanato

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A cidade de Knyghts se erguia imponente com suas torres altas e ruas movimentadas, um centro pulsante de comércio e vida. No coração desta cidade, escondido das vistas comuns, estava o Orfanato de Knyghts. A construção era majestosa, com paredes de pedra e uma arquitetura que refletia uma combinação de força e tradição.

Dentro do orfanato, uma rotina vibrante e energética se desenrolava. Crianças com idades variadas corriam pelos corredores, jogando-se em brincadeiras e treinos sob o olhar atento da figura central do orfanato: Vovó. Ela, apesar da aparência idosa, tinha um físico robusto e era conhecida por sua determinação e habilidade em lidar com os jovens soldados em treinamento.

No jardim do orfanato, um grupo de crianças estava reunido, aproveitando um raro momento de descanso. Kai, Lucky, e Nyx estavam deitados na grama, rindo e conversando. Victoria estava um pouco afastada, observando-os com um olhar distante e frio, sua expressão imperturbável contrastando com a animação dos outros.

“Olha, lá vem a Vitória com sua cara de gelo de novo!” — riu Kai, esticando os braços para cima e se deitando no chão.

“Sempre tão séria, nem uma risadinha?” — acrescentou Lucky, com um sorriso malicioso.

“Ela deve estar planejando como transformar o jardim em um bloco de gelo.” — brincou Nyx, que se divertia com a situação.

Victoria, ouvindo as provocações, franziu a testa e se dirigiu ao grupo, sua expressão cada vez mais fechada.

“O que há de tão engraçado?” — perguntou com um tom de desafio.

Kai tentou manter o tom leve.

“Ah, nada, Vitória. Só estávamos admirando como você sempre parece tão… fria.”

Victoria cruzou os braços e olhou para eles com desdém.

“Pode parar com isso. Não sou uma pedra de gelo, só tenho uma maneira diferente de me comportar.”

Enquanto o grupo continuava a zoar Vitória, Joan apareceu, ouvindo o burburinho. Ela se aproximou com um olhar decidido e se posicionou ao lado de Emma, que estava brincando perto do grupo.

“Vocês sabem que isso não é legal. A Vitória pode não expressar muito, mas isso não dá a vocês o direito de zombar dela.” — Joan disse, com um tom firme e protetor.

Emma, concordando, se juntou ao grupo de crianças.

“Isso mesmo. Vamos deixar a Vitória em paz.”

Joan e Emma começaram a bater levemente nos meninos, brincando, mas também mostrando que não tolerariam mais a situação. As crianças riam e se esquivavam, mantendo o ambiente leve e divertido.

Enquanto isso, Vovó estava em um canto isolado do orfanato, onde ninguém a via. Ela entrou em um cômodo reservado e encontrou uma figura encapuzada aguardando. O encapuzado fez um gesto de reverência ao vê-la.

“Senhora, chegou na hora combinada.”

A Vovó se aproximou de uma mesa, abriu uma caixa e revelou documentos e dispositivos.

“Os itens necessários para o próximo estágio do treinamento. Certifique-se de que a entrega seja feita com precisão. Precisamos que os novos soldados estejam prontos.”

O encapuzado confirmou, ainda curvado.

“Entendido, Senhora. Tudo será feito conforme suas ordens. A remessa está a caminho.”

A Vovó, com um olhar sério, falou:

“Mantenha o sigilo absoluto. Não podemos permitir que nada seja divulgado antes do momento certo.”

O encapuzado fez um gesto de respeito e se retirou, desaparecendo nas sombras. A Vovó observou a saída do encapuzado e então voltou à sua rotina no orfanato, enquanto o mistério da nova remessa de soldados pairava no ar.

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⏰ Última atualização: Sep 14 ⏰

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