meu veludo cor marrom.

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oioi! já que, assim como eu, dieguinho não consegue tirar essa musica da cabeça, escrevi essa bobeirinha pra distrair. :)
ps. tá muito muito meloso. aos diabéticos, deixo avisado desde já!
leiam ouvindo a música.
aproveitem <3

























Diego observava Amaury enquanto dormia, o peito nu e o semblante tranquilo.

Sentia saudade. Uma saudade que ainda não chegava a apertar o peito, afinal, os dois estavam lado a lado na cama espaçosa do ruivo.

Diego não queria desgrudar.

Depois de um dia inteiro colados, a sós, era difícil querer sentir outra coisa que não fosse o cheiro da pele preta e a sensação dos cachos contra suas mãos.

Fazia um carinho quase inconsciente no braço que envolvia sua cintura. Não conseguia controlar seu sorriso observando todos os detalhes do rosto do homem deitado ali, tão tranquilo.

Não se segurou vendo o peito do outro subir e descer; esticou-se e deixou um beijo talvez estalado demais na testa de Amaury, que aninhava-se em seu peito como se fosse uma criança de colo. Reprimiu a si mesmo internamente quando percebeu os olhos escuros se abrindo e o fitando, cansados.

— Di? — A voz grossa chamou, cheia de sono.

— Desculpa, te acordei, né? — Os dois riram fraco e mais um beijo foi depositado na testa do mineiro, que se esfregou no peito de Diego como um gato manhoso. — Não resisti. Tive que te dar um beijinho.

Os sorrisos de ambos denunciavam a situação, e o cheiro de amor que empestava o ar quase embebedava os dois com o sentimento.

Amaury soltou um suspiro longo antes de se ajeitar e enterrar seu rosto no vão do pescoço de Diego, absorvendo o cheiro e buscando guardar na memória.

O ruivo mordeu o lábio inferior, reprimindo um sorriso, quando sentiu sua pele ser inteiramente tomada pelos beijos que o preto depositava como se fosse impossível parar.

A mão de Diego passou a fazer um carinho que ia do topo da cabeça de Amaury até sua nuca, prestando uma atenção especial nos cachinhos ali presentes e enrolando-os em seus dedos, um a um. Seu corpo e sua mente eram um turbilhão de sensações, e a única coisa que conseguia fazer era apertar o abraço que os envolvia, enquanto afundava o rosto nos cachos e inalava o perfume dali.

— Ei. — Amaury chamou, sentindo o corpo menor cada vez mais perto do seu. Olhou para cima, buscando os olhos dourados e os encontrou quase fechados com o sorriso que era lançado em sua direção, esticando seu rosto à procura dos lábios rosados do outro.

Como se fosse a primeira vez, os lábios formigaram quando se colidiram em um beijo calmo, sem desmanchar os sorrisos que já faziam suas bochechas doerem.

Quando o ar faltou, Amaury deixou selinhos preguiçosos nos lábios do outro, arrastando lentamente sua boca pelo rosto alheio, plantando beijos por cima das sardinhas que havia observado tanto, ao ponto de decorar a localização de cada uma.

Diego se percebeu sorrindo bobo com a situação em que se encontrava. O moreno já não estava mais deitado; apoiava-se em seus braços por cima do corpo menor para conseguir alcançar o rosto inteiro, e o ruivo fazia um carinho em suas costas que ia da base de sua coluna até seu ombro, em um vai e vem suave.

— Gosto ainda mais da gente assim, sabia? — Os beijos que recebia foram cessados quando soltou a frase, fazendo o preto o encarar.

— Como?

— Assim, como a gente ficou hoje. O dia inteiro colados, a sós, com todo o tempo do mundo pra conversar. — Diego segurou os braços do outro, que sorriu bobo e deitou por cima do corpo pequeno, voltando a enterrar seu rosto no pescoço alheio. — Sentir a sua pele sem sua roupa, sentir seu cheiro ficando grudado em mim... não tem sensação melhor do que essa.

— Meu amor... — O maior falou baixo, chamando a atenção do outro, que levou sua outra mão aos cabelos cacheados.

— Hm?

— Tem tanta coisa que eu queria te falar que não sei nem por onde começo. — Diego riu da voz de Amaury, que saía abafada contra seu pescoço.

— Fala pra mim, amor. — Pediu o ruivo, seu tom de voz instantaneamente fazendo o outro derreter.

— Queria morar aqui no seu abraço. Pra sempre. Você deixa? — Mais uma vez, Amaury levantou seu corpo para olhar Diego, que arrastou sua mão do meio dos cachos até uma das bochechas do preto, segurando o rosto com ternura.

— Deixo. Sabe porque? — O cacheado fez que não com a cabeça. — Porque eu te amo. Porque eu amo você. Eu também não tô afim de desgrudar, nunca.

O maior sorriu antes de voltar a beijar os lábios do outro, que ainda segurava seu rosto com uma mão.

O beijo era lento, demorado.

Porque podiam demorar.

Nenhum dos dois tinha pressa de ir a qualquer lugar que fosse. Saboreavam cada canto da boca um do outro como se fosse a última refeição que fariam, como se nunca mais fossem beijar outra boca. Como se não pudessem.

E talvez, nem quisessem.

— Sua pele é tão macia. Você parece que é feito de veludo. Que nem aquela música da Liniker. — Diego soltou, em um impulso, não conseguindo controlar seu pensamento. Amaury riu fraco.

— É? — O preto perguntou.

Diego, por sua vez, não conseguiu responder. Assentiu, mas no exato momento em que abriu a boca para falar, a fresta que sua cortina deixou escapar fez a luz do sol bater contra o corpo do moreno, deixando o menor hipnotizado.

— Meu Deus, você é lindo demais. — O ruivo deixou escapar mais um pensamento. Amaury riu, apoiando o peso de seu corpo em um braço, posicionando-se de lado, mas ainda por cima do outro. — É sério. Tudo em você é lindo, eu fico hipnotizado. Você fica tão lindo assim, na luz do amanhecer.

Os olhos dourados brilhavam em direção aos olhos do outro, que já observavam os detalhes do rosto pálido serem enaltecidos pela luz tímida que invadia o cômodo.

A expressão apaixonada no rosto de Diego se transformou rapidamente numa de surpresa, como fica o rosto de uma pessoa quando acaba de lembrar de algo. Em um movimento ágil, inverteu as posições dos corpos, ficando por cima do corpo do outro e espalhando beijos pelo rosto negro como quem pinta uma parede — precisa cobrir todos os cantos.

— Ei, ei, que isso, pequetito? — Amaury riu apaixonado, recebendo o carinho que se esparramava até seu pescoço.

— Feliz aniversário, meu veludo cor marrom. — O mais novo sussurrou ao homem embaixo de si como se contasse um segredo, com a voz calma e marcada pelo amor que envolvia os dois na mesma bolha de sempre, impossível de sair. — Te amo muito.

De início, Amaury não reagiu. Não sabia exatamente como. Alguns segundos se passaram antes que ele se sentasse na cama, com o corpo menor em seu colo, segurando-o em um abraço pela cintura, e respondeu:

— Eu te amo, meu popstar.




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dedico essa one à minha steff, que sempre me incentiva a continuar fazendo as bobeiras que faço e me deixa sempre tão mais segura.
te amo, teffinha. <3

dedico também à minha cãozinho - isy, não teria terminado se não fosse você me xingando. te amo, boboca.

veludo marrom | oneshot dimauryOnde histórias criam vida. Descubra agora