Revelação

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Andrew

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Andrew

Três meses depois

Sobre o chão de Romney Hall forma-se uma camada fina de gelo. Avistei da janela, Emma e Lily brincarem de guerra com bolas de neve, enquanto organizava a minha caixa de ferramentas.

Senti duas mãos me envolverem por trás ao me abraçarem. Amanda apoiou seu rosto em minhas costas e me beijou por cima do tecido do meu casaco.

— Você tem mesmo que ir? Tudo o que eu queria era o meu maridinho debaixo das cobertas comigo...

— Olhaaa! Dessa forma a minha senhora vai acabar nos arranjando outro bebê! — Ela sorriu. — Me desculpe raio, prometi à Peter que o ajudaria com alguns reparos no altar da igreja hoje.

— Ele não pode esperar um pouquinho?

— Não querida, eles têm que se preparar para a virada do ano. Haverá uma celebração e tudo tem de estar no lugar.

— E por quê não contratam alguém para fazer o serviço?

— Porque eu me ofereci querida... Não custa nada ajudar o meu melhor amigo. Além do mais, você devia se preparar para as festividades de sua avó... Em breve retornarei para irmos até Aubrey Hall, não devo demorar.

— Tudo bem. Vá ajudar Peet, mande lembranças.

— Pode deixar meu raio de sol. Te amo. — Peguei minhas coisas e lhe dei um beijo suave nos lábios.

— Eu também te amo.

Tomei Sombra, meu cavalo, e segui caminho até o vilarejo de Gloucester. O pobrezinho já me acompanhou em várias corridas e já está pra lá de velho, mas continua sendo forte e duro na queda.

Cheguei até à capela e encontrei Peter como de costume. Já que o mesmo anda evitando ir até Romney Hall. De certa forma entendo, porque seria o ideal que ele e Georgie não se encontrassem novamente, mas o ideal era de longe o que eles queriam.

— Oi meu amigo! Obrigado por me ajudar, é muita gentileza...

— Imagina, pode contar comigo. E então? Precisa que eu repare o quê?

— Bem, a base da cruz do altar está um pouco instável, e pode acabar provocando algum acidente.

— Se ela caísse na cabeça de seu pai, não seria tão ruim assim. — Peet me olhou em um misto de choque e surpresa. — Mas como pode cair na cabeça de outra pessoa, eu conserto.

— Certo... — Peter riu. — Há também um dos suportes das velas que está um pouco bambo.

— Tudo bem.

Abri minha caixa de ferramentas e desmontei aquela cruz pesada do suporte, a fim de substituir os parafusos gastos, por novos.

Com a ajuda de Peter a recolocamos no lugar e voltei à fixá-la para que ficasse bem presa.

Confissão proibida de Georgiana Crane (OS CRANE- PHILOISE). Onde histórias criam vida. Descubra agora