𝟮𝟭.

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𝙧𝙤𝙙𝙧𝙞𝙜𝙤 𝙢𝙤𝙧𝙖 𝙥𝙤𝙞𝙣𝙩 𝙤𝙛 𝙫𝙞𝙚𝙬.

estamos tão perto de ficarmos na cama, mas a maria decide-lhe ligar.
tenho uma entrevista com o programa dela, mas aposto que ela ainda não sabe. então sorri. enquanto a vejo a atender o telemóvel. ela arqueou as sobrancelhas e meteu aquilo em altifalante.

olá amor, fugiste da minha festa ontem para ir apanhar ar com o rodrigo, esse ar era puro? - maria perguntou. ambos rimo-nos.

dos mais puros possível. - disse ela. eu abano a cabeça e sorri para ela. - poque ligaste? - pergunta ela enquanto tenta tapar os maravilhosos chupões que lhe fiz ontem com maquilhagem da minha irmã, mas só consegue disfarçar.

eis o problema. - madelana para tudo o que está a fazer e arqueou as sobrancelhas. a mãe do celso faleceu ontem, e tinha uma entrevista hoje. - ela disse. as sobrancelhas da madalena arquearam-se cada vez mais.

e vais sugerir para ser eu a entrevistar? - nesse caso, seria a entrevistadora mais gira que já me entrevistou. sorri malicioso. ela bateu-me no braço e eu meto a mão onde ela me bateu. esta doeu.

és a única salvação, madalena. - disse ela. ela suspira fundo e fecha os olhos. e suspira novamente. depois abre-os.

a que horas é? - pergunta ela.
fixe, vou ser entrevistado pela madalena, sem ela mesma saber.
vou adorar a sua expressão facial quando me vir a entrar pela sala, donde vou ser entrevistado. vai ser um máximo. observo-a a vestir um moletom meu, que lhe tapa ligeiramente os chupões, mas não por completo. ainda estou de toalha pela cintura.

três e meia. - olho para o relógio do meu quarto e são duas da tarde.
e nenhum de nós almoçou. volto a olhar para ela. a parte de baixo do vestido de leopardo sobre sai pelo moletom, parecendo apenas uma saia. está tão fudidamente gira.

okay, conta comigo. - ela desliga o telefone e calça os all star dela. observo cada movimento. e aproximei-me dela. ela suspirou.

deixa-me levar-te. - as minhas mãos pousam na sua cintura e ela retira-mas. odeio quando finge que me odeia ou quando finge que odiou o que se passou ontem. solto um risinho. e ela olha para mim.

eu apanho um uber. obrigada. - ela tenta escapar. mas não consegue.
agarro-lhe por um braço e volto a coloca-la encostada ao armário. os seus olhos verde voltam a encontrar os meus olhos castanhos.

seria dinheiro desperdiçado, deixa-me levar-te. - digo. e ela olha para a toalha enrolada ainda na minha cintura. eu sorri. eu visto-me rápido. juro. - ela suspira como uma resposta: 'sim'. sacudi o meu cabelo molhado e ela bate-me no peito. solto um risinho e visto-me á sua frente enquanto ela fica a mexer no telemóvel. acabo de me vestir e ela vêm até á porta, seguindo-me. entramos os dois no carro. e o caminho é silencioso. até eu abrir a boca.

não vamos falar de ontem? - troco de mudanças e entro na rotunda.
ela engole em seco. e eu sorri.

não há nada para falar. - diz ela. acho que voltou á fase dos 'enimies'.
não estou a gostar, nem mesmo um pouco. acenei com a cabeça.

okay. boa sorte com a entrevista. - digo e a mesma fecha-me a porta na cara. solto um risinho e abano a cabeça. observo-a a entrar no trabalho e a fechar a porta sem se despedir. odeio e adoro ao mesmo tempo. almoço qualquer coisa rápida com o sousa e com o vasco, quando regresso a casa. e vou novamente até ao trabalho da madalena. abro a porta do carro e saí dentro dele, voltando a fechar a porta, ele tranca-se e eu entro onde fui dito para entrar. vejo madalena a mexer em papéis juntamente com a maria, a agrafa-los. cruzo os braços e espero ela notar a minha presença.
quando a maria permanece o olhar em mim, a madalena olha para ela e depois para onde ela está a olhar. e arqueou as sobrancelhas. e vira os papeis que têm na mão. e mete as mãos ao rosto. disse-vos que ia adorar ver a expressão facial dela, e estou mesmo a adorar. é um dez sólido. mesmo muito sólido.

rivalidades - rodrigo mora.Onde histórias criam vida. Descubra agora