Coisa do destino?

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Georgiana

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Georgiana

Eu tinha os lençóis da minha cama em minhas mãos, quando fui surpreendida por minha mãe, que abriu a porta de repente.

— Querida, já está tudo pronto para a nossa partida?

— Ah... Sim, sim! Estou pronta, só vou colocar isso aqui para lavar...

— Sua menarquia finalmente chegou? Ótimo! Deixe que eu me encarrego de levar isso para você. — Mamãe tentou puxar o lençol mas resisti.

— Não precisa mamãe... — Antes que começasse à me justificar fui salva por papai, que nos chamou a fim de nos apressar.

— Certo, leve isto para a área de serviço e vamos depressa!

Corri até a lavanderia e coloquei o lençol completamente limpo no cesto. Meu coração estava acelerado e o encarei com os olhos marejados.

— Céus! Será que...?

— Vamos Georgie! Só falta você! — Papai me gritou.

— Já vou! — Sequei as lágrimas que começavam à descer e inspirei fundo para que não notassem o meu estado de espírito.

Todos entramos na carruagem e partimos para Aubrey Hall, a fim de comemorar a virada de ano com nossa família, como costumamos fazer.

— Fred, pode trocar de lugar comigo? Estou sentindo um pouco de falta de ar...

— Claro. — Frederick concorda ao arredar-se para o lado.

— Tudo bem querida? — Mamãe pergunta.

— Sim, tudo bem. Eu só preciso de um pouco de ar.

Tomei o meu leque e comecei à me abanar, porque à cada solavanco que a estrada causava na carruagem, sentia o meu estômago revirar.

— Por quê Amanda não veio conosco, mamãe? — Fred questionou.

— Bem, além de sua família ocupar sozinha todo um veículo... — Mamãe deu uma risadinha. — Andrew ficou responsável por fazer algumas melhorias na capela da cidade. Então eles vão chegar mais tarde...

— Ah sim...

Passamos por uma viagem longa por horas à fio até que finalmente chegamos.
Avistei meu tio Colin, padrinho de Penelope e tio Anthony, meu padrinho, logo na porta, vestidos com seus trajes de inverno impecavelmente perfeitos.

Ao pisar o meu pé no chão, me veio um frio na barriga e logo levei minha mão à boca, correndo para algum canto a fim de vomitar.

— Ah! Eu sei bem como é! A estrada de Romney Hall até aqui é péssima! — Tio Colin relembra de quando foi até minha casa, enquanto meu pai cortejava mamãe.

— Meus sapatos que o digam! — Tio Anthony murmura.

— Aaargh, oi tios, me desculpem... Não estava me sentindo nada bem...

Confissão proibida de Georgiana Crane (OS CRANE- PHILOISE). Onde histórias criam vida. Descubra agora