1° Capítulo

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H A I L E Y  C O P E L A N D

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H A I L E Y  C O P E L A N D

— EU NÃO SOU MAIS A SUA GAROTINHA! — gritei, me virando para ele.

O barulho ensurdecedor fez com que eu desse um pulo, senti meu coração bater mais forte, minhas pernas amolecerem como se eu fosse feita de gelatina. Não consigo mais sentir o chão sob meus pés, minha respiração irregular faz com que meu peito suba e desça rapidamente.

Vejo ele cair no chão, vejo o sangue manchar rapidamente sua camisa branca. Alguns seguranças arrastam ele para o carro, enquanto outros correm na minha direção e me levam para dentro do restaurante. Eles gritam em seus rádios, dizendo que estou correndo perigo.

Caio de joelhos no chão, não conseguindo mais suportar o peso do meu corpo. Fico no chão tentando voltar a respirar, mas meu choro mudo e desesperado faz com que eu me sufoque mais.

Se isso for um pesadelo, eu quero acordar agora. Quero saber como ele está, quero sair correndo daqui, quero silenciar as vozes e gritos das pessoas ao meu redor. Mas eu não consigo fazer nada, apenas ficar sentada no chão, sem saber como se respira.

— Hailey — pisquei algumas vezes. Voltando a realidade. Saindo do transe e das lembranças.

— O que foi? — perguntei, olhando para o homem ao meu lado no volante.

— Estava se lembrando daquele dia de novo, não é? — David sabe praticamente tudo o que se passa em minha cabeça. Sabe que tudo ainda é muito recente para mim.

O dia em que meu pai morreu na minha frente e eu não consegui fazer nada para ajuda-lo. De primeira, achei que a bala não tivesse acertado seu peito. Mas acertou. Ele morreu na hora, quando chegou no hospital foi apenas para declarar óbito.

Ainda não acredito que a nossa última conversa, o nosso último momento juntos nós passamos brigando. Daria tudo para voltar no tempo e não ter saído correndo daquele restaurante. Se eu não tivesse dado uma de adolescente mimada, ele ainda estaria vivo. Ele não precisaria ter ido correndo atrás de mim só para me dizer que estava tentando me proteger.

— Não, eu só estava de bobeira mesmo — falei. Observando ele balançar a cabeça em afirmação, não acreditando muito na minha história mas concordando. Sem querer tocar no assunto.

Ele estacionou o carro, nós saímos e eu entrei no banco do motorista. Preciso manter o foco agora, nossas vidas depende disso.

— Está bem para fazer isso? — ele perguntou. Esbocei um sorriso e balancei a cabeça. Seus lábios tocaram os meus rapidamente. — três minutos. Se eu não sair de lá em três minutos, quero que você vá embora e me deixe aqui, okay?.

Eu nunca deixaria ele aqui. Se der merda, nós dois vamos nos foder juntos então. Estamos nessa juntos.

David entrou na loja de conveniência do posto de gasolina, deixei o carro ligado esperando ele voltar. Minhas pernas estão trêmulas, fico batendo o pé no assoalho do carro na tentativa de amenizar minha ansiedade.

No cronômetro marcavam dois minutos e 4 segundos. Meu coração parece querer sair pela boca.

Como eu caí do pedestal e acabei direto no fundo do poço? Eu era a filha do vice-presidente, e depois que descobriram todas as corrupções dele acabei na sarjeta. Apenas com as roupas do corpo. Minha mãe me deixou quando eu ainda era bebê, então a última pessoa no mundo para quem eu pediria ajuda seria ela.

Ele entrou rapidamente no carro, e antes mesmo que terminasse de fechar a porta eu arranquei. Pisando no acelerador até que estivéssemos longe do posto.

Girei a direção para o lado, para o outro, para a esquerda, e para a direita novamente. Desviando de todos os carros que estavam na pista.

— Já disse o quanto você é incrível? — ele sorriu, em seguida tirou uma barra de chocolate Milka do casaco e me entregou. Esbocei um sorriso de lado, sem conseguir prestar muita atenção nele.

David jogou a mochila pesada no banco de trás do carro.

— Temos companhia — murmurei, assim que ouvi o barulho das sirenes e vi pelo retrovisor as luzes vermelhas e azuis.

Piso fundo no acelerador. As luzes da viatura atrás de mim piscavam desesperadamente, refletindo no retrovisor. Meu coração estava disparado batendo no ritmo desesperado da fuga.

Faço as curvas tão rápido que consigo sentir esse carro capotando a qualquer momento. Entro em outra rua, cada rua é uma nova oportunidade para despistar a polícia. Minhas mãos estão firmes no volante, minha mente focada. Ignoro David que tenta me dar comandos de como despistar eles.

Eu tenho que confiar em meus instintos e no GPS agora, não nele. Não é ele quem está no volante, eu estou.

A loja de conveniência assaltada parecia distante agora, mas o peso do dinheiro no banco de trás era um lembrete constante. Nós não podíamos ser pegos. Não agora.

Virei bruscamente para direita, entrando em uma estrada lateral que o GPS sugeria. O som das sirenes ficava mais distante, mas eu não podia relaxar. Não ainda. Peguei um beco estreito, o carro quase raspando nas paredes. O coração na garganta. Minhas mãos estão suadas e trêmulas. Sigo em frente. Se eu falhar, acabou tudo.

Finalmente, enxergo um túnel. Quase invisível na escuridão, mas o GPS me direcionava para lá. Entrei sem hesitar, o som das sirenes desaparecendo por completo. Quando saí do outro lado, desacelerei e olhei para trás.

Nada. Nenhuma luz, nenhuma viatura, nenhum barulho de sirene.

— Nós conseguimos, gatinha. Estamos livres — disse David, me puxando pelo pescoço para beijar meus lábios com força.

— Por enquanto — murmurei, relaxando meus ombros que estavam completamente tensos

— Por enquanto — murmurei, relaxando meus ombros que estavam completamente tensos

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Oii, meus amores! Tudo bem com vocês?

Primeiro capítulo publicado com sucesso! ✅

Pretendo postar 3 capítulos por semana. Sem choro, crianças. Os capítulos são loongos o suficiente para "matar a sede" de vocês.

Por favorzinho, deixem votos e comentários. Eu amo comentários, então não tenham pena de comentar.

Beijinhos de luz da tia Aggy! ❤️

ROUBO FATALOnde histórias criam vida. Descubra agora