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"Recomendo ouvirem 'Dark Paradise' da Lana Del Rey enquanto leem. Sinto que essa música se encaixa perfeitamente com a atmosfera da história.Espero que apreciem minha história não está tão boa mais e o que tenho para oferecerPodem emcontrar possíveis erros ortográficos peço desculpas, história não revisada"
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A velha mansão parecia mais imponente naquela noite. As paredes grossas abafavam qualquer som do mundo exterior, e o silêncio que reinava entre os corredores era quase palpável. Você já havia se acostumado com os ruídos discretos, os passos leves que às vezes ecoavam no piso de madeira mesmo quando a casa parecia vazia. Mas, aquela noite, algo parecia diferente.
O vento batia forte nas janelas, fazendo-as tremer em seus caixilhos antigos. Você estava sentada no sofá, o livro aberto em seu colo, mas a atenção presa ao ambiente ao seu redor. Os olhos percorriam o cômodo mal iluminado, as sombras pareciam brincar nas paredes, como se fossem vivas. O boneco, Brahms, estava sentado em sua poltrona usual, com a cabeça levemente inclinada para o lado, o olhar fixo em você.
Um arrepio percorreu sua espinha. Desde que começara a cuidar da casa, havia sentido a presença dele, o verdadeiro Brahms. Por mais que tentasse ignorar os sinais, os sussurros à noite, as coisas que se moviam sozinhas, você sabia que ele estava ali, observando.
Sentiu um calafrio quando ouviu o ranger da porta se abrindo devagar. O som suave e arrastado ecoou pelo quarto, e sua respiração ficou presa na garganta. Olhou para a porta entreaberta, e um vulto alto apareceu na escuridão. Os olhos que brilhavam atrás da máscara cerâmica fixaram-se em você.
— Não tenha medo... — A voz baixa e rouca sussurrou, um som familiar, que você já ouvira antes, mas nunca tão perto.
Seu coração disparou, o ar parecia mais denso à medida que ele se aproximava. Brahms, o verdadeiro, estava de pé à sua frente agora, sua figura imponente obscurecida apenas pela fraca luz que escapava das velas. Ele se abaixou, lentamente, até ficar na sua altura, seus olhos nunca deixando os seus.
Você deveria se afastar, deveria fugir, mas havia algo hipnótico nele. A tensão que sempre pairava no ar agora era mais intensa, quase sufocante. Sentiu o calor de sua respiração por trás da máscara, e o arrepio que percorreu seu corpo foi quase involuntário.
— Você cuida de mim... — murmurou ele, os dedos enluvados tocando levemente o seu rosto. O toque era suave, cuidadoso, mas havia algo possessivo na forma como ele se aproximava, como se estivesse reivindicando algo que sempre fora dele. — Eu cuido de você.
Suas palavras eram um aviso e uma promessa. Brahms se aproximou mais, seu corpo quase colado ao seu. Você podia sentir a intensidade de sua presença, como se ele pudesse dominar o ambiente apenas com sua proximidade. Seu olhar era intenso, penetrante, mesmo através da máscara.
Sem pensar, seus dedos alcançaram a cerâmica fria que cobria seu rosto, um ato audacioso que você nunca teria imaginado fazer antes. Mas ele não se afastou. Permitiu o toque, como se estivesse esperando por isso.
— Brahms... — sua voz saiu baixa, quase um sussurro.
Antes que pudesse dizer mais alguma coisa, ele se inclinou, aproximando-se ainda mais. Seus lábios roçaram seu pescoço, um gesto inesperado que fez sua pele se arrepiar. O calor de sua respiração fazia contraste com o frio da mansão, e um misto de medo e excitação se espalhou pelo seu corpo.
Você sabia que ele era perigoso, sabia que havia algo profundamente perturbador em Brahms. Mas, naquele momento, era impossível negar a atração que ele exercia sobre você. Cada toque, cada movimento dele, era um convite silencioso para algo mais sombrio, mais intenso.
Seus corpos estavam tão próximos agora que você sentia o calor que emanava dele. Brahms deslizou a mão por suas costas, com uma delicadeza surpreendente. Você fechou os olhos, sentindo o peso de sua presença, o magnetismo quase inescapável que o cercava.
O beijo veio lento, quase como se ele estivesse testando a reação, seus lábios tocando os seus com uma suavidade inesperada. Era um contraste com a imagem ameaçadora que ele representava. Quando seus lábios finalmente se encontraram, havia uma mistura de urgência e hesitação. Ele explorava o momento, como se estivesse redescobrindo sensações há muito esquecidas.
Quando o beijo se aprofundou, um calor estranho percorreu seu corpo, enquanto suas mãos se agarravam à sua camisa. Havia uma intensidade naquele toque, uma necessidade reprimida, e mesmo com o perigo evidente, algo em você se rendeu.
Brahms se afastou apenas por um instante, seus olhos escuros brilhando com algo indescritível. Ele ainda estava ali, o perigo, a escuridão, mas havia uma conexão que você nunca imaginou possível.
— Eu... — sua voz falhou, mas ele apenas assentiu, como se já soubesse o que você queria dizer.
Naquela noite, as sombras da mansão pareciam menos ameaçadoras. Havia algo a mais entre vocês agora, algo que você não podia explicar, mas que estava lá, latente, pulsando no ar denso ao redor.
A partir daquele momento, você sabia que não havia mais volta.
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Whispers of danger
FanfictionNa mansão silenciosa, o boneco Brahms observa você com uma presença inquietante. À medida que a noite avança, Brahms se aproxima, revelando um desejo intenso e sedutor. Um beijo inesperado entre vocês cria uma conexão misteriosa e perigosa, transfor...