padecer

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Sou digna com aquilo que me indigna. Em que mundo estamos que precisamos pedir o básico, mínimo?
Que foge da compreensão de alguns.
Em que inferno estamos? Como podemos ainda viver? As pessoas padecem em cada calçada. Das que não tem para onde voltar, para as que estão lá por estar.

Nenhum descanso é tão bom quanto o eterno, e se me dissessem hoje que se todas as células do meu corpo morressem eu finalmente teria paz eu iria. Iria embora sem nem pensar! Largaria todos que um dia me amaram, encontraria enfim, tudo que eu mais busquei em vida. Nunca voltaria a chorar em alguma calçada ou em um ônibus lotado.

A morte ainda é uma incógnita, sem resolução, mal desenvolvida, enfeitiçada como um dos piores feitiços que ainda se pode fazer em vida. Morreria por alguém. Ele sou eu.

Devaneios de uma Poeta SimplesOnde histórias criam vida. Descubra agora