(História 3) Georgiana, é a filha mais nova de Sir Phillip e Eloise Crane. Em sua mocidade ela conhece o simpático Peter Helish, coroinha da igreja local. Logo se envolveu em um amor adolescente com o garoto sem se dar conta das dificuldades que enf...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Peter
Depois de uma longa jornada eu, Amanda, Andrew e as pequeninas chegamos à Aubrey Hall. O baile estava magnífico e a neve fina que caía, deixava tudo ainda mais mágico.
Logo na porta fomos interceptados por Violet Bridgerton e Lady Bridgerton, que nos deram as boas vindas.
Eu imaginei que como esse era um baile da família de Georgiana, com toda certeza ela estaria lá. Deveria evitá-la como combinamos, mas além de estar como visita na casa de Andrew, não poderia e não queria desperdiçar a oportunidade de vê-la novamente.
Já faziam três meses desde que nos encontramos naquela noite de outono. Desde que eu a tomei nos meus braços e nos entregamos um ao outro. Consigo me lembrar da sensação de me derramar dentro dela e isso paralisa os meus pulmões, tornando o ato de respirar bastante dificultoso.
Eu poderia ter negado e não ter cedido à tentação de possuí-la naquele dia. Mas por mais que as palavras estivessem na ponta da língua, Georgie as extinguiu enquanto a sugava. Me deixando totalmente obcecado e fascinado pela ideia de lhe dar prazer. E quando me dei conta, já estava sobre seu corpo quente, a fazendo gritar o meu nome e me deliciando com suas carícias.
Pela primeira vez Georgie disse que me amava e pela primeira vez eu verbalizei para ela que a amava também. Nunca foi tão sincero e puro. O véu de segredos havia caído e pude finalmente ser quem eu sou, sem medos de julgamentos ou vergonha. E ela mesmo assim me amou. Com as cicatrizes e tudo. Georgie apenas me amou.
Mas como tudo o que é bom acaba em algum momento, aquela noite terminou e fui forçado à deixá-la ir. Com lágrimas nos meus olhos a encarei por mais uma vez e então ela partiu para sua casa me deixando lá, debaixo daquela árvore, com as lembranças e com uma nostalgia do futuro que me assombra até hoje.
Seria lindo, seria maravilhoso tê-la como minha esposa e mãe dos meus filhos. Assim que deveria ser, como prometemos naquele carvalho.
As mulheres da paróquia continuaram com seus gracejos para cima de mim, e por mais que agora eu saiba quanto prazer uma dama pode proporcionar à um cavalheiro, não me sentia instigado e nem ao menos tentado. Era ela quem eu queria. Eu pertencia à ela, mesmo que não fosse minha.
Mesmo que se atracasse ou se casasse com outro. Mesmo que mudasse de ideia e preferisse os beijos e o toque de Noah ou de qualquer almofadinha da alta sociedade.
Eu era dela, porque era. Não havia o que eu pudesse fazer para mudar isso. Estava condenado à passar toda a vida a querendo e sendo torturado pela fantasia de como poderia ter sido.
E ser só seu amigo, estava completamente fora de cogitação.
— Oi meu amigo! Que coisa boa encontrá-lo por aqui!
— Oi Ol, quanto tempo!
— Você desapareceu, nunca mais tivemos notícias de você!
— Por um acaso você e Georgie estão brigados ou algo do tipo? — Frederick me questiona.
