10. - Chame o Bobby!

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POV Ana Carla


Eu estava ali, sentada à beira da piscina, tentando parecer relaxada, mas por dentro, meu coração estava disparado. A cada toque de Robert na minha cintura, a cada olhar que ele lançava, eu sentia meu corpo reagir de uma forma que não deveria. Ele estava tão perto, e o calor que irradiava entre nós era inegável. Eu tinha que me manter firme, lembrar a mim mesma de quem ele era de verdade: Robert Pattinson, o homem que matou Alice. Um assassino. O inimigo.

Mas, droga, era difícil manter esse foco quando ele me puxava para perto, o corpo molhado e musculoso encostado no meu, o cheiro dele misturado com o cloro da piscina e o perfume suave. Eu sentia a tensão entre nós crescendo, o beijo se aproximando, seus olhos cravados nos meus com aquela promessa de desejo. Eu estava à beira de algo perigoso, algo que eu sabia que não deveria querer, mas ali estava eu, ardendo por ele.

E então, como se o universo tivesse decidido me dar um alívio – ou uma segunda chance de manter o controle –, Bobby apareceu, chamando por Robert. A voz dele quebrou o momento. Robert soltou um suspiro de irritação, claramente frustrado pela interrupção, e se afastou de mim.

Eu respirei fundo, sentindo o alívio e a tensão se misturarem dentro de mim. Minha mente agradecia silenciosamente pela intervenção. Obrigada, Bobby. Obrigada por impedir o desastre que estava prestes a acontecer.

Robert saiu da piscina, e eu o observei enquanto ele pegava a toalha com um movimento brusco. Ele estava claramente irritado, o maxilar travado, os ombros tensos. Era óbvio que ele não gostava de ser interrompido, especialmente quando estava tão perto de conseguir o que queria. E, naquele momento, eu sabia exatamente o que ele queria.

Eu me afundei um pouco mais na água, tentando esfriar meu corpo e, ao mesmo tempo, minha mente. Porque, por mais que eu quisesse me manter no controle, por mais que eu repetisse para mim mesma que Robert era um monstro, algo em mim ainda reagia a ele. Meu corpo parecia ter suas próprias ideias, ignorando completamente o fato de que aquele homem era perigoso, que ele tinha sangue nas mãos, o sangue de Alice.

A raiva misturada com a excitação era uma combinação insuportável. Como eu podia estar assim, desejando alguém que eu odiava tanto? Ele matou a minha parceira. Ele destruiu vidas. E, ainda assim, você está aqui, se derretendo por ele.

Era um conflito interno constante. Eu sabia que precisava ficar fria, focada no plano. Esse era o caminho para a vingança, para fazer justiça por Alice. Eu precisava manter Robert perto, ganhar sua confiança, e então, no momento certo, derrubá-lo. Mas cada vez que ele chegava perto... cada vez que ele me tocava, esse maldito corpo me traía.

Robert olhou para mim uma última vez antes de seguir Bobby, ainda com uma expressão carrancuda. Quando ele saiu do meu campo de visão, eu suspirei, aliviada por ter alguns minutos para me recompor.

A verdade era que, por mais que eu soubesse que estava jogando um jogo perigoso, era difícil não ser arrastada por essa corrente de desejo. Eu me sentia em chamas perto dele, e cada vez que ele me tocava, era como se meu cérebro ficasse em segundo plano, e tudo o que restava era o impulso primal de querer mais.

Mas não posso ceder. Não posso me esquecer de quem ele é.

Fechei os olhos, tentando afastar a imagem de Robert, molhado, com aquela expressão de desejo. Eu precisava manter o foco. Afinal, ele não era só um homem atraente. Ele era o alvo, e eu estava ali para destruí-lo, não para me perder nele. Não posso me esquecer disso.

Mas, no fundo, eu sabia que essa batalha interna só estava começando.

Saí da piscina ainda sentindo o calor do sol na pele e a tensão acumulada no corpo.

ROBERT PATTINSON | A VINGANÇA DE ANAOnde histórias criam vida. Descubra agora