CAPÍTULO 11- O MODO DE VIDA DE YANG

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Quando cheguei a estação de NY, Yang já me esperava. Eu acenei para ele logo que o vi e ele se aproximou, me dando um abraço daqueles e se mostrando mais empolgado do que eu mesmo. Eu apenas desviei um pouco dele e indiquei a minha pouca bagagem, tendo a sua ajuda para pegá-la.

– Tudo isso? – Brincou ao me ver com apenas duas pequenas bolsas. – Venha, vamos sair daqui.

Ele segurou a minha mão e eu fiquei muito sem graça ao ser levado por ele para fora do local daquela maneira. Fora que ele levava minhas duas bolsas e eu não carregava nada.

Chegamos até o estacionamento do local e ele indicou seu carro caro estacionado numa vaga beneficiada pela localidade e piscou ao abrir a porta malas e colocar minhas coisas dentro. Depois, abriu a porta do passageiro para mim e me deu passagem.

– Não precisa fazer isso. – Falei incomodado e ele apenas deu um sorriso.

– Claro que preciso. Você está de volta, Wei Ying.

Eu fiz uma cara confusa e entrei no carro, esperando-o sentar ao meu lado e dar a partida. Viajamos em silêncio porque não havia muito o que falar. Eu estava me sentindo meio estranho ao lado de Yang e acho que ele sentia o mesmo, porém, ele não deixava de sorrir, o que me deixava puto da vida.

Ele parou o carro em frente a um local complemente conhecido para mim e eu me virei para encará-lo quando o carro parou.

– Esta é a sua casa. – Falei e ele suspirou.

– Ah, ainda se lembra. Que bom. Vamos? – Ele ia descendo do carro quando eu segurei o seu pulso e ele virou-se para mim. – O que foi?

– Eu te falei para arrumar um local para eu ficar e você me garantiu por telefone que eu teria onde dormir. Por que eu estou em frente à sua casa?

Yang me encarou por algum tempo e ergueu as suas duas sobrancelhas, me fazendo soltar um palavrão no ar.

– Você não fez isso, Yang. Você não mentiu para mim. – Olhei para a sua cara de sonso e rangi meus dentes, abrindo a porta do carro e descendo furioso. Fui até o porta malas e forcei para abri-lo, mas estava trancado.

Ele correu atrás de mim e me segurou pelo ombro e eu dei um tapa em sua mão, furioso ao extremo. Ele não tinha o direito de fazer aquilo. Não comigo, não depois de tudo o que havia acontecido entre nós.

– Abre isso, abre Yang!

– Wei Ying, se acalma. – Pediu, ainda tentando fazer contato físico.

– Me acalmar? Me acalmar? – Repeti umas dez vezes isso, chamando atenção das pessoas que passavam na calçada. – O cacete que eu vou me acalmar! Você me disse que tinha conseguido uma casa para mim que era barata e que era segura. Eu saí de Jersey pensando que teria um local para dormir e não a sua... a sua casa!

Então, quando eu estava distraído, Yang me segurou nos dois braços e me encostou na lataria fria de seu carro, fazendo as minhas costas colarem nela. Eu arregalei os olhos e entreabri a boca, tentando falar algo, mas não saiu nada.

– Escuta, tudo bem? – Assenti. – Eu estou te oferecendo um quarto quente, lençóis limpos e um banheiro. – Parou e respirou fundo. – Você não vai dormir na minha cama, mas em um quarto de hóspedes. Não quis te dizer que não consegui achar nada no tempo em que você precisava, mas você pode ficar comigo enquanto procura. Só isso. Não estou tentando te forçar a nada, eu só, bem, acredite em mim.

Não sei por que eu não acreditava nele, mas eu acabei aceitando a sua oferta e nós dois entramos em sua grande casa. Eu a conhecia muito bem porque, bem, eu havia morado com o Yang nela um ano antes.

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⏰ Última atualização: Sep 16 ⏰

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