O destino de duas rainhas

Capítulo 03: Os sete cavaleiros

Finalmente o inverno rigoroso termina e a primavera chega ao reino de Enasya, todos estavam se preparando para o baile em comemoração ao nascimento da princesa e a chegada da primavera. Por outro lado, essa mesma felicidade não estava pairando sobre o castelo.

Como de costume, Edgar passava o tempo todo trancado no escritório trabalhando e bebendo whisky, enquanto Angélica permanecia em seu quarto se sentindo triste por saber que o pai de sua filha a desprezava apenas por ser uma menina. Edgar não fazia questão de conhecer Branca, ele considerava Angélica culpada por tudo isso.

Para resolver a situação, Edgar pensou que o melhor a ser feito seria se ele e Angélica tivessem outro filho e abandonassem Branca de Neve na floresta, um dos criados chama Angélica para ir conversar com Edgar no escritório, ela leva sua filha Branca com esperança achando que as coisas vão mudar.

— O que você quer conversar comigo? — Angélica entra séria com um semblante triste segurando nos braços sua filha Branca.

— Tenho a solução para resolver esse problema. — Disse friamente se referindo a Branca.

— Ela não é um problema Edgar, ela é nossa filha! — Ouvir aquilo de Edgar não era surpresa para Angélica, mas mesmo assim isso a deixava muito chateada.

— A nossa solução é ter outro filho de novo, podemos deixar ela na floresta ou podemos deixá-la em algum orfanato do reino. — Para ele era tão simples de dizer isso, já que Edgar considerava Branca como um objeto qualquer.

— O que pensa que está falando? Você ficou louco? — A ideia de abandonar a própria filha era algo absurdo para Angélica.

— Estou fazendo o que é melhor para Enasya, o reino precisa de um herdeiro, Branca nunca poderá ser rainha. — Edgar sabia perfeitamente que as leis de Enasya não iriam permitir que uma mulher governasse o reino, mesmo se Branca se casasse ela não se tornaria rainha de Enasya, ela iria se tornar rainha consorte do reino de seu marido.

— Se você realmente estudasse sobre as suas leis, saberia que essa lei pode ser anulada, essa lei não faz partes das leis imutáveis, Branca pode crescer e aprender tudo o que precisa para ser rainha! — Quando se casou com Edgar, Angélica fez questão de estudar as leis do seu novo reino, enquanto seu marido se trancava no escritório ela se trancava na biblioteca para aprender tudo o que precisava.

— Como ousa desafiar o seu rei? — Furioso, ele esbofeteia o lindo rosto de Angélica, provocando nela medo e lágrimas, deixando a face dela vermelha.

— Agora chega, estou farda disso, Edgar! Farei você se arrepender amargamente, no dia que Branca de Neve se sentar no trono com uma coroa ela irá fazer todos os que duvidaram dela se curvar para beijar os seus pés, principalmente você! — Enquanto se levantava, Angélica olhava fixamente para seu marido com todo o seu ódio e orgulho.

Quando Edgar estava prestes a bater em sua esposa novamente, alguém bateu na porta do escritório perguntando se poderia entrar, ainda em fúria Edgar abaixa a sua mão, que estava levantada em direção ao rosto de Angélica e anda até a porta para abrir e ver quem o interrompeu.

— Posso saber quem ousa interromper a mim? — Perguntou irritado enquanto abria a porta.

— Majestade queira nos perdoar, não sabíamos que o senhor estava ocupado, os criados disseram que o senhor nos chamou e que estaria em seu escritório, então viemos para cá. — Dizia o cavaleiro enquanto fazia uma reverência com os seus outros colegas.