Capítulo 82

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UM MÊS DEPOIS

ATENA

— É sério que isso realmente precisa ser resolvido hoje? — resmungo chorosa — Está caindo um temporal lá fora, nossa cama está quentinha, Hera está cochilando gostosinho na caminha do outro quarto e eu estou com vontade de maratonar novamente aquela série com a gata da Lana Parrilha, enquanto comemos uma pizza com bastante queijo, milho e presunto.

— Quem é gata, Belinni? — pergunta Axel, colocando apenas sua cabeça para fora do banheiro. Seu olhar estreito.

— Porra, amor! — grunho alto, bufando, enquanto me jogo no edredom com força. — Eu falei um monte de coisa e a única que você prestou atenção foi em mim chamando outra mulher de gata? — reclamo com incredulidade. — Você já foi um namorado melhor.

Ouço passos se aproximando da cama e logo um peso pesado se sobrepõe sobre o meu corpo, mas com cuidado para não colocar todo seu peso em cima de mim.

— Se você não quiser ir, não iremos. — ele fala calmamente, erguendo a mão e acariciando meu rosto.

Fecho meus olhos para apreciar o carinho e o calor de seus dedos na minha pele. Meu Deus, faz tanto tempo...

— Prometa-me...— começo em um sussurro.

— Tudo o que você quiser. — ele afirma sem ao menos me deixar terminar, passando o nariz no meu pescoço.

Sinto meus pelos se arrepiarem e gemo baixinho.

Em um ato rápido e calculado, sem que ele espere, nos viro na cama e sento em seu colo. Bem em cima do seu pau.

Estico meu corpo até estar deitada sobre o seu, minha boca no seu ouvido.

— Prometa-me que quando chegarmos, você irá me mimar muito. — rebolo em cima do seu mastro e sorrio quando sinto ele completamente duro.

— Com toda a certeza, amor. — ele sussurra, beijando de leve meus lábios. — Agora, vá se arrumar, por favor. Não quero ficar muito tempo longe de Hera.

Saio da cama e caminho em direção ao banheiro enquanto continuo falando com ele.

— Você sabe... Nina cuida muito bem dela. — digo, retirando minha roupa para tomar um banho rápido.

— Eu cuido melhor. — ele diz de repente, aparecendo bem atrás de mim como a porra de um fantasma.

Eu pulo de susto por não tê-lo ouvido chegar.

— Quer me matar, caralho? Mete logo uma bala na minha testa que é mais rápido. — reclamo exageradamente, entrando dentro do boxe e ligando o chuveiro.

Axel revira os olhos e caminha até a pia, pegando sua escova e pasta e começando seu processo de higiene.

— Sabe, eu estive pensando...— começo após um tempo, perdida nos desenhos perfeitos em suas costas. No seu corpo musculoso e em como seus braços se contraem quando ele os mexe. — Daqui uma semana, teremos que voltar para casa...

Axel acena, passando agora o fio dental enquanto me observa pelo reflexo do espelho.

— Sim, e...

— Eu moro com Adam e Hera na Escócia e você mora com Mia e Ian em Las Vegas...

Axel para de movimentar o fio nos dentes e joga a linha na lata de lixo, se virando de vez para me encarar. Seu semblante confuso.

— Onde você quer chegar com isso?

— Não é óbvio? — pergunto, revirando os olhos. — Axel...— o chamo calma.

— Amor...— ele ergue uma sobrancelha, cruzando os braços.

O Homem De Las VegasOnde histórias criam vida. Descubra agora