Capítulo 2 - O Êxtase.

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Todos se juntaram para a foto que ficou linda. Não demorou muito e receberam uma cópia em seus aparelhos eletrônicos.

Milk observou Love de longe. Viu que ela entrou no banheiro. Discretamente foi atrás, mas não tão discretamente, pois Ciize viu e fingiu estar guardando algo na bolsa para não ser descoberta.

Não estava sendo nada fácil para Milk se expressar da maneira que era necessária, mas ela precisava fazer uma confissão para Love. O cérebro de Milk parecia não organizar as ideias e a forma como as frases deveriam ser pronunciadas não saiam. No entanto, não havia mais como esconder. Precisava falar. Entrou no banheiro e Love estava lavando as mãos.

- Vamos jantar juntas? - Disse Love segurando as mãos da parceira.

Milk a olhou profundamente nos olhos e soltou suas mãos de seus braços.

- Love, eu... Eu estou com a Ciize. - Um silêncio ensurdecedor tomou o ambiente. Os sons dos carros buzinando, que adentravam pelos basculantes não importavam mais. O barulho do vento demonstrando que uma chuva forte se aproximava, não importava mais... Nem um som. Nada se ouvia. Só o da respiração ofegante de Love e os estalos de dedos de Milk.

- Eu amo você! De verdade, mas achei que você nunca ficaria comigo por ser hétero e estar num relacionamento. Quando você disse que terminou com seu namorado, Ciize e eu já estávamos saindo e eu não sei se quero terminar com ela. Não quero machucá-la! Eu preciso de um tempo para resolver isso. Você pode esperar?

Love tinha os olhos avermelhados e um rubor em seu rosto que fazia parecer que a pele estava em chamas. Abaixou a cabeça e respirou profundamente até dizer:

- Não! Se você realmente me amasse, você teria lutado por mim. Você teria se expressado e ainda que não o fizesse, você não teria ficado com ela. Se está com ela, é porque é com ela com quem deve ficar. Não se preocupe! - Disse ofegante e de forma rápida. - Continuaremos nosso contrato. Para o público e nossos patrocinadores, nós somos "MilkLove", nada além disso. - Love a deixou e Milk desabou em prantos.

Um corredor comprido levava ao estacionamento e entre um comprimento e outro com as pessoas que passavam por ele, Love enxugava uma lágrima. Ciize a observava de longe até que virou o corredor. Love entrou no carro e saiu da empresa sem olhar atrás.

Ciize não se atreveu a entrar no banheiro. Do lado de fora podia ouvir o choro de Milk. Alguns minutos depois, a bela atriz saía com a maquiagem refeita e um sorriso sem graça nos lábios.

- Ciize! - Disse, surpresa.

- Estava lhe esperando. Podemos ir? Estou com fome. Você prometeu me levar para jantar, lembra?

- Sim, claro. Entretanto, eu estou com muita dor de cabeça. Podemos jantar na minha casa?

- Claro! Me dê as chaves do carro. Eu dirijo!

As duas saíram juntas, mas não se tocaram. Ninguém sabia sobre o relacionamento das duas. Fora que na Tailândia, por mais que o casamento entre pessoas do mesmo sexo tenha sido recentemente aprovado. Não é muito comum vir pessoas do mesmo sexo de mãos dadas ou em momentos de carinho expostos publicamente.

O caminho até a casa de Milk foi em silêncio. Ciize dirigia com uma das mãos no volante e a outra nas mãos de Pansa.

- Você parece preocupada. Aconteceu alguma coisa? - Ciize perguntou (sabendo da resposta).

- Em casa conversamos. - Milk acariciava as mãos de Ciize como se estivesse pedindo desculpas. Aquele jantar estava prometendo revelações que machucariam a ambas.

O apartamento era grande, uma parede enorme de vidro mostrava o centro de Bangkok e a iluminação estava baixa. Ambas jantaram em silêncio. Ciize foi até o sofá e aguardava Milk, que colocava a louça na pia.

Enxugando as mãos numa toalha, Milk sentou ao lado de Ciize e tentou falar, mas foi parada por um longo beijo. Não demorou e suas línguas já se envolviam. As mãos uma da outra já acariciavam seus corpos. Ofegante, Ciize sentou no colo de Milk com suas pernas abertas entre as dela. Acariciava os seios, beijava o pescoço, enquanto as mãos desciam levemente para a cintura.

Ci... - Tentou dizer Milk, mas as mãos de Ciilze já estavam entre suas pernas.

- Eu posso te fazer feliz. Eu posso fazer de você a mulher mais completa deste país. Eu posso te dar prazer da forma que você merece. - E a calcinha de Milk é colocada de lado entre a mão de Ciize que levemente mexe seus dedos no clitóris de sua amada. É possível ouvir os gemidos de Milk e suas tentativas de falar algo são abafadas pelos beijos de Ciize.

Aquela pequena sabia como desestruturar a parceira. Movimento leves se tornaram rápidos e a penetração aconteceu, levando Milk a arfar em um rebolado constante entre os dedos de sua companheira. Não conseguia mais se conter e o líquido jorrou entre os dedos finos de Ciilze que os lambeu e disse: - Delícia.

Milk então a pega no colo e a leva ao quarto, onde retira suas roupas e lambe todo seu corpo até chegar em sua intimidade. Sua língua reconhece o ambiente. Não é a primeira vez que estão juntas num sexo ofegante. Ciize grita de prazer enquanto é chupada com violência. A boca carnuda de Milk parece engoli-la enquanto ela aperta a cabeça de sua amada entre suas pernas. As mãos de Milk agarram os seios de Ciize. Ela não se aguenta mais e seu orgasmo molha o rosto de Milk que sorri travessamente para a amada.

As duas deitam olhando para o teto.

- Você não me ama, mas sabe como me dar prazer. - Disse Ciize estragando todo o clima.

Milk olha para ela assustada. - Por que falar assim depois de um momento tão bom.

- Exatamente isso! É só um momento para você. - Ciize levanta e coloca as roupas.

Milk observa. - O que está acontecendo? Você vai embora?

- Pansa (Ciize a chamava assim em situações sérias), essa foi a nossa última noite juntas. Acabou! Eu não quero magoar você e sei que nem você quer me magoar.

Milk tenta argumentar, mas é calada pelos dedos de Ciize. - Não, não diga nada. Você sabe que estou certa. Não vai funcionar entre nós. Sexo sozinho não sustenta uma relação e diferente de você, eu gosto de você, mas você ama a Love.

O olhar assustado de Milk diante da revelação que ela achou que Ciize não tinha conhecimento a desperta. Levanta e vai colocando as roupas também.

- Pansa, está tudo bem! Eu vou ficar bem. Você precisa ficar bem também.

- Ciil, eu...

- Pare! Chega! Não diga mais nada! Nós vamos ficar bem. - Ciize a beija demoradamente e sai.

Milk a observa deixar o apartamento quando o olha o celular. Tem uma mensagem. Era Love...

Um amor para Resgatar. - MilkCiizeOnde histórias criam vida. Descubra agora