Diego POV
— Bem, isso foi clichê.
— É, bastante.
— Primeiro médico e paciente, agora bombeiros? Quem é que aparece com esse tipo de merda, afinal?
— Provavelmente algum jornalista punheteiro."
Amaury sorriu com isso. Eu acho que gosto de fazer o Amaury sorrir. Não é como se fosse um sorriso feio ou qualquer coisa assim, e meio que me faz rir também e porra, eu sou idiota por sequer pensar nisso.
Hoje foi até legal, e eu tenho que admitir, eu meio que estou pegando o jeito da coisa. Cada sessão é um pouco mais fácil, cada minuto que nos tocamos é um pouco menos tenso que o minuto anterior, e Lennon parece bem feliz com o trabalho que estamos fazendo. Ele está no telefone pelos últimos cinco minutos, deixando Amaury sentado em meu colo só de cueca. Eu acho que nós estavamos quase terminando quando seu maldito telefone me interrompeu de beijar o peito de dele, mas eu tentei não parecer desapontado porque convenhamos, eu não deveria estar.
— Que porra ele deve estar falando?
Eu dei de ombros, me ajeitando na cadeira. Amaury é malditamente pesado.
— Talvez seja alguma coisa com as crianças dele...
Os olhos do maior relaxaram e uma preocupação tomou conta de sua expressão.
— Eu espero que esteja tudo bem...
Eu estava a ponto de dizê-lo que eu tinha certeza que estava, quando Lennon jogou seu telefone no sofá e virou-se pra gente, sorrindo gigantescamente.
— Adivinhem, garotos! — não tivemos tempo de responder antes de Lennon mesmo dizer. — A venda da revista cresceu trinta por cento! Trinta! Tudo por causa de suas caras bonitinhas! Isso é do caralho! Eles estão depositando um brinde de trezentos reais direto na conta de vocês hoje, e na minha também — ele sorriu feliz.
— Que foda! — Amaury pareceu feliz também e me encarou.
Eu assenti e retornei o sorriso.
— Então eu posso acreditar que os gays gostaram da gente, né? — eu perguntei à Lennon, sorrindo maliciosamente e lançando meu melhor olhar de idiota sensual.
— É, quem imaginaria? — ele riu.
— Ei! — Amaury respondeu colocando a mão no peito, agindo como se tivesse ofendido, mas sem parar de rir.
— Em... eu odeio quebrar o clima, mas Amaury, meu bem, você não é levinho e eu tenho que ir ao banheiro — eu disse a eles, me ajeitando novamente na cadeira. Nós ainda usávamos as botas e os chápeus de bombeiros, e eu não podia esperar para me livrar dessas malditas coisas.
— Okay, okay. Onde nós estávamos... — Lennon balbuciou e pegou sua câmera de novo.
— Eu acredito que nós estávamos por... — Amaury disse suavemente enquanto se ajeitava no meu colo e então se inclinou para começar a distribuir beijos descendo por meu pescoço. — Aqui...
Eu segurei um gemido porque isso seria realmente estranho e optei por correr minhas mãos sobre suas coxas, brincando com sua pele escura e apertando a ponta dos meus dedos, cada vez mais forte a partir do momento em que ele começou a lamber e chupar.
— Diego... — Lennon começou, ainda tirando fotos. — Coloque sua mão dentro da cueca do Amaury.
Repentinamente não havia mais lábios no meu pescoço e eu acho que grunhi em frustração. Deus, espero que não.
— Como é? — Amaury perguntou, parecendo completamente mortificado pelas palavras de Lennon.
— É por menos de um segundo, se acalme. Eu não disse que ele precisa te tocar, nem nada do tipo, é só pra criar a ilusão de que está.
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Smile For The Camera | Dimaury
FanfictionAmaury e Diego são dois modelos héteros que vão trabalhar para uma revista gay. O quão longe isso pode ir? O quão confuso isso pode ficar? Se era errado ou certo eles não sabiam, eles apenas gostavam. Essa obra foi escrita originalmente em inglês po...