E se o amor fosse mesmo um
lance que não poderia ser
ignorado, algo tão bom de
sentir que dava vontade de gritar
algo que você não podia negar que
sentia.
Você se sente tão bem que não
consegue se afastar daquela pessoa
uma dor imensa preenche seu peito
porque quando ela 'ta longe, seu
mundo para, um minuto longe
de sua amada é pior do que
um ano sem toca-la."sera que temos
o laço vermelho?"A lenda do laço vermelho:
Reza a antiga lenda japonesa de que
quando uma pessoa está destinada a
outra, ambas tem um laço vermelho que
os ligam no dedo mindinho. O laço pode
embaraçar, emaranhar, mas ele nunca
se quebra. O laço não é visível
a olho nu, mas esta la desde
o nascimento. Quanto mais longo
estiver o fio, mais longe as pessoas
estarão, e mais tristes
ficarão. Se quer a morte o quebra,
apenas o alarga, para se encontrarem
em outra vida."E eu sei que você não se lembra
que me ligou naquele dia, mas eu te
disse que você estava linda. Naquela
cama de hospital, eu me lembro que
você disse que você estava com medo,
e eu também estava."†
O peito de Billie sobe e desce, ela sabe que a mulher não pode morrer, mas o medo a domina, a dor no peito é surreal, ela nunca tinha sentido algo assim, é como se uma bigorna 'tivesse caído sobre o peito da mais velha. Sua amada encontra dificuldades para respirar, a sirene da ambulância alerta emergência, fazendo Billie se desesperar mais.
Billie não sabe o que aconteceu, sabe que foi no acidente mais cedo, mas não faz ideia do que aconteceu.
— Eu 'to aqui, meu amor. — Billie se inclina na maca, fazendo carinho no cabelo de sua mulher. — Sera que da para irem mais rápido? — A mulher de cabelo castanho grita com o motorista, o paramédico pede para Billie se afastar, o coração de Mabel está fraco e os batimentos estão parando, estão fazendo de tudo para salva-la.
— Recarrega em 200! — A paramédica loira vira para o homem com um casaco azul, Billie está cheia de sangue e esta ofegante, ja tentaram lhe colocar uma dose de oxigênio, mas Billie nega todo o atendimento a ela, ela ordena que dêem toda a atenção para sua mulher. — Afasta! — Outro choque é dado no peito de Mabel, mas nada acontece, os olhos de Mabel continuam fechados e nem um sinal de respiração, a paramédica da ponta volta a pressionar o tubo de oxigênio que dá ar para Mabel.
— Recarrega em 300!! — De novo, a paramédica decide chocar Mabel, Billie se sente nervosa, um nó está formado em sua garganta des de a hora que ligaram para ela, a mulher não avisou as cunhadas, nem a filha, ela saiu desesperada, quase batendo seu carro. — Afasta! — Outro choque é dado em Mabel, um silêncio permanece na ambulância, apenas o som da sirene é escutado no momento, o peito de Billie sobe e desce, ela, a paramédica morena, a loira e o rapaz observam o equipamento que está ligado a Mabel, tentando captar algum batimento.
— Volta Mabel, volta... — Billie bate o pé freneticamente no chão, ela quer chorar mas quer que seja de alívio, Mabel precisa voltar, ela não morre, ela não morre, só quem decide isso é o todo poderoso, e Billie não está com pontinhos a mais com ele.
— Recarrega em 300 de novo! — Uma quarta vez, Billie sente seus pulmões se fechando e sufocando-a com seu próprio ar, ela olha para Mabel, segurando sua mão. — Afasta!! — Billie solta mais uma vez a mão de Mabel, ja sentindo sua garganta seca. Outro choque, outro silêncio ensurdecedor, a paramédica olha para a outra, ela desliga o aparelho de choque, olha para Billie e afirma: — Ela está com pulso, fraco, precisamos chegar a tempo do hospital. — Billie sente uma pontada de alívio, mas ainda não acabou, ainda não é o fim, os batimentos são fracos, nada confirma que Mabel vai voltar.
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• A Morte lhe Cai Bem. • // B.E
FanfictionAnabel, Mabel e Anastásia, três irmãs de passado conturbado, cheias de traumas e histórias para contar. A três irmãs vêem uma mulher de cabelos escuros a vida inteira, mas nunca tiveram coragem de conversar ou olhar a mulher por mais de 10 minutos...