Capítulo 6: O Fim da Linha

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As palavras de Mark ecoavam em minha mente, mas, em vez de aliviar a dor que eu sentia, elas a intensificavam. Cada nome que ele mencionava, cada descrição de suas ações, era um golpe direto em meu coração. O desdém dele, a maneira como desvalorizava as vidas que havia destruído, acendeu uma fúria que eu não conseguia controlar.

“Você é um monstro,” eu disse, a voz carregada de desprezo. “Você não merece compaixão, e eu não tenho mais paciência para suas desculpas vazias.”

Ele tentou se defender, mas a definição de sua personalidade se desfazia lentamente. O medo finalmente estava se infiltrando em seus olhos, e eu sabia que a linha entre vingança e justiça estava prestes a se dissolver.

“Você não pode simplesmente se livrar disso,” eu afirmei, a raiva borbulhando dentro de mim. “Você vai pagar por tudo o que fez.”

Com a lâmina da faca brilhando sob a luz da lua, eu me aproximei dele. “Você vai sentir a dor que causou. E não vai haver ninguém para te salvar.”

Mark tentou se afastar, mas com um movimento rápido, cortei sua garganta. O sangue jorrou, e ele soltou um grito abafado, os olhos arregalados enquanto as mãos se espalmavam em um esforço inútil para conter o fluxo. A expressão de choque em seu rosto era a única evidência de que ele finalmente compreendia a gravidade de suas ações.

“Você não é nada,” eu disse, observando-o agonizar. Ele se contorcia no chão, a vida escorrendo dele a cada segundo. O poder que eu sentia era avassalador. A dor que ele havia infligido a tantas mulheres agora retornava a ele, e eu não sentia pena.

Enquanto ele lutava, suas palavras tornaram-se ininteligíveis, um misto de dor e desespero. Eu assisti enquanto a vida deixava seu corpo, e em meio ao caos, uma onda de alívio começou a me invadir. O que eu fiz era irrevogável, mas a sensação de que eu tinha finalmente feito justiça era inegável.

Com um último suspiro, Mark caiu para trás, os olhos perdendo o brilho, a expressão de arrogância agora substituída por uma vulnerabilidade absoluta. A cena diante de mim era surreal, mas, de alguma forma, eu me sentia em paz. O peso que eu carregava por tanto tempo começava a se dissipar.

Respirei fundo, sentindo o ar fresco da noite preencher meus pulmões. A sensação de controle era libertadora, e enquanto me afastava do corpo sem vida, percebi que eu havia finalmente me libertado das correntes do passado. A dor que havia me consumido não desapareceria completamente, mas agora havia uma nova força dentro de mim.

Enquanto caminhava para longe, a cidade continuava em seu ritmo habitual, alheia ao que acabara de acontecer. Era como se eu tivesse deixado uma parte de mim para trás, mas também havia uma nova determinação que começava a florescer. Eu não era mais uma vítima. Eu era uma sobrevivente, e eu tinha o poder de moldar meu próprio destino.

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