𝟮𝟯.

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𝙧𝙤𝙙𝙧𝙞𝙜𝙤 𝙢𝙤𝙧𝙖 𝙥𝙤𝙞𝙣𝙩 𝙤𝙛 𝙫𝙞𝙚𝙬.

quando saio da casa da madalena, de coração partido, e arrependido por ter passado na casa da maria. se ela me dissesse que gostava de mim, eu sinto que nada disto tinha acontecido. não é que eu não soubesse, que aquelas provocações e que quando ela dizia que me odiava, era totalmente o contrário, fui burro ao não ter percebido que ela estava mesmo a gostar de mim, e agora voltamos á estaca zero, por ter cometido o maior erro da minha vida, com ela. agora rezo para que não se aproxime do pássaro, e crie os mesmos sentimentos. não posso deixar que isso aconteça. estou disposto a voltar a lutar por ela. quero construir uma maquina do tempo e voltar, para obriga-la a expressar-se e nunca ter tocado na maria. ainda por cima, não chega aos pés da madalena, na cama. sento-me no meu sofá, o chico e o sousa já não estão cá, e penso na probabilidade do sousa se atirar á madalena, pela maria ter acabado as cenas, estou a pensar na probabilidade de também ser com um dos infelizes dos amigos dela. meto as mãos á cabeça e cerro os maxilares, depois de ajeitar o meu cabelo. e meto os braços apoiados aos meus joelhos. na vida pode existir milhares, mas nenhuma vai ser a madalena, isso é certo. o meu telemóvel toca e é a notificação da madalena, não de uma mensagem mas de que ela acaba de postar uma história, numa possível discoteca. está com o melro, com o rego e com o veloso, na primeira história que posta, na segunda, está com as meninas. pouso o móvel e penso no que preciso de fazer para voltar a conquistá-la. não apareço lá, porque só ia piorar. deixo-a divertir-se e a tentar esquecer que fui para a cama com a melhor amiga. sinto-me absolutamente estúpido.

𝙢𝙖𝙙𝙖𝙡𝙚𝙣𝙖 𝙗𝙧𝙞𝙩𝙤 𝙥𝙤𝙞𝙣𝙩 𝙤𝙛 𝙫𝙞𝙚𝙬.

hoje, deixamos a 'depressão' de lado, e vamos até a uma das discotecas mais famosas de portugal. só se passaram dez minutos e já estou suficientemente bêbada e a divertir-me imenso, sem pensar em absolutamente nada, apenas a balançar a cintura na batida da música. juntamente com elas e com um deles, que está demasiado óbvio. até ver um rosto demasiado familiar, a entrar pela discoteca. tem um rosto familiar, mas não consigo desvendar quem é, está demasiada gente na pista, consigo ver os caracóis. e depois consigo vê-lo por completo, porque passa ao meu lado, e vai contra mim, não caio mas perco um bocado do equilíbrio.

desculpa. não te vi. - diz ele. tem o tom da pele, escuro, mas não muito. mordo ligeiramente o lábio, ele é giro que dói, e eu estou completamente disponível. oiço risinhos da sabrina e da daniela atrás de mim. sorri para ele, e ele sorri para mim.

está tudo bem. posso saber o teu nome? - ele solta um risinho. e o rego mete um braço no meu ombro. e sorri para ele. e depois olha para mim.

a sair de um tripeiro para ir para outro, madalena? - ele pergunta e o gajo, olha para mim, de sobrancelha arqueada. ainda por cima são amigos. segue em frente. sou teu fã. - comer amigas das ex namoradas é com o joão. sorri novamente para o homem que estava ainda á minha frente.

não me digas que és tripeiro, não aguento mais. - ambos soltamos um risinho. e ele olha novamente para mim.

sim, sou tripeiro. e de que amigo é que ele estava a falar? - o homem aponta para o rego, eu viro o rosto, e ele acenou com a cabeça, o veloso sorri para nós, a daniela imita beijinhos com as mãos e a sabrina sorri ainda mais do que o veloso e melro parece um rodrigo dois ponto zero, com uma cara de morte, que suga a alma do homem. volto-me para ele.

rodrigo. mora. - gaguejei. ele abre ligeiramente a boca. eu dei de ombros. - acabou da pior forma possível, mas sim. - ele acenou com a cabeça.

então, posso te levar para a pista de dança, e não levo um soco na cara, certo? - solto um risinho e aceno com cabeça. ele estende-me a mão e eu agarro nela, e ele puxa-me levemente para pista com o som da antiga novela, a herdeira, a música do paulo alborán - no vaya a ser.

rivalidades - rodrigo mora.Onde histórias criam vida. Descubra agora