Entre o Céu e Nós - pilotos f1

Velocidade e Paixão - Pérez e Sainz

O barulho dos motores ainda ecoava em sua cabeça, mas Carlos Sainz só conseguia pensar em uma coisa: o olhar de Sergio Pérez.

Desde que o incidente aconteceu na pista, a tensão entre eles tinha se transformado em algo diferente, algo que ele não sabia muito bem como lidar.

Naquela noite, depois da corrida, o paddock estava mais vazio do que o normal. A maioria dos pilotos já havia ido embora, mas Carlos continuava ali, sentado na borda de uma das cercas, olhando o asfalto, perdido em pensamentos.

A batida entre ele e Checo tinha sido intensa, mas o que o deixava confuso não era o impacto do acidente. Era o que vinha sentindo por ele já há algum tempo.

-Pensando em mim, Sainz?

A voz de Checo soou suave, mas carregada de um tom que Carlos reconhecia.

Ele levantou os olhos e encontrou Sergio parado ali, a poucos metros, com aquele sorriso que só ele sabia dar, aquele que sempre fazia o coração de Carlos acelerar.

-Não, claro que não

Carlos respondeu, tentando disfarçar, mas o rubor no rosto o entregava.

Checo se aproximou lentamente, OS olhos escuros fixos nos de Carlos.

-Você ainda está irritado por causa do que aconteceu hoje?

Carlos balançou a cabeça.

-Não é sobre a corrida... Quer dizer, não só sobre isso.

Ele deu de ombros, respirando fundo antes de continuar.

-Tem sido estranho entre a gente, não acha?

Sergio sorriu de canto.

-Talvez. Mas eu acho que não precisa ser assim.

Carlos o olhou, confuso.

-O que você quer dizer?

Checo deu mais um passo, agora tão perto que Carlos podia sentir o perfume dele, uma mistura de gasolina, borracha queimada e algo suave que o fazia esquecer o mundo ao redor.

-A gente fica nessa briga de corrida, de quem passa quem... Mas e se fosse diferente? e se a gente deixasse isso de lado, pelo menos por uma noite?

O coração de Carlos deu um salto.

-Você tá falando sério?

Sergio deu uma risada baixa.

-Nunca falei tão sério. Você sabe que não é só sobre a pista. A gente tem algo, e você sente isso tanto quanto eu.

Carlos olhou para Ο lado, tentando processar tudo. Era verdade. Havia algo ali, sempre esteve, mas ele nunca teve coragem de admitir.

-E o que você sugere?

ele perguntou, a voz saindo mais suave do que queria.

Checo se inclinou um pouco mais, seu rosto a poucos centímetros do de Carlos.

-Talvez a gente comece com um jantar, fora daqui. Algo sem capacetes e sem bandeiras vermelhas.

Carlos não pôde evitar sorrir.

-Você está me convidando pra sair, Pérez?

-Estou

respondeu Checo, com a confiança que sempre o acompanhava.

-E dessa vez, não tem como bater.

Carlos riu, sentindo o peso da tensão se dissipar.

-Ok. Vamos ver quem ganha essa disputa então.

E, naquela noite, entre as luzes do paddock e o silêncio da pista vazia, algo novo começou entre os dois. Algo que não envolvia ultrapassagens ou corridas, mas que, de certa forma, era ainda mais emocionante.

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que linda história de amor
😍