Capítulo Três

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Eu achei que após saber que Elijah não era aquele homem divertido, nobre e que me fazia sorrir boba a todo momento, eu não conseguiria dormir em paz, também tinha o fato de que eu abandonei o bar após ele ter sido assaltado, mas antes de dormir, liguei para o meu chefe e lhe contei o que havia acontecido.

Ele já tinha noção do que aconteceu e não ficou bravo por não ter lhe avisado, pois também havia se esquecido de me ligar para saber se eu estava bem. Algo que eu também não sabia, eu passei por sérias emoções, pelo menos eu acho, preciso urgentemente de um pré-natal.

Bom, mesmo com esses motivos para me preocupar, acabei capotando na cama e tendo o melhor sono da minha vida.

Uma semana se passou, não vi mais Elijah e meu chefe me mudou de horário, agora eu fico das seis até às nove, o que me ajudou bastante, pois tenho mais sossego e horas de sono.

Eu comecei a procurar uma casa, mas infelizmente não achei nada.

Eu acabei de acordar e agora estou me arrumando para o café da manhã. Os dias têm sido difíceis, pois os sintomas da gravidez tem se tornado cada vez mais intensos e constantes. Enjoos matinais, enjoos por conta do cheiro das bebidas, fora o extremo cansaço. Pelo menos estou indo bem escondendo isso de todos, ninguém parece suspeitar de nada.

Terminei de prender o meu cabelo e escutei alguém bater na minha porta, franzi as sobrancelhas. Será que Joceline me trouxe café? Às vezes ela faz isso, alegando que é bom descansar, por causa do bebê, mas ela só quer me mimar mesmo.

Abri a porta e fiquei ainda mais confusa quando não havia ninguém, mas olhando direito vi  que havia uma chave no chão, peguei a chave e percebi um papel pendurado, um endereço.

Fui até Joceline, que estava na cozinha fazendo panquecas.

Joceline, alguém deixou isso na porta do meu quarto. - falei e mostrei a ela a chave, ela levantou as sobrancelhas e olhou melhor para o objeto em minhas mãos.

— Eu vi um homem, muito elegante, ele perguntou para mim qual era o seu quarto. - Henry, sobrinho de Joceline, falou.

— Você sabe o nome dele? - perguntei já tendo uma noção de quem era.

Eu contei apenas para duas pessoas que eu estava procurando um apartamento, Joceline e Elijah, que por coincidência, é um homem extremamente elegante.

— Eu não sei, ele não me falou nada, apenas disse para esquecer que ele esteve aqui. - Henry falou e suspirei.

— Henry, já lhe disse que não pode falar com estranhos, agora vá fazer a sua lição de casa. - Joceline falou com rigidez e o menino assentiu cabisbaixo, logo indo até o seu quarto.

— Ele é apenas uma criança, Joceline, não pegue tão pesado. - falei e ela me olhou com um certo pavor.

— Eu sei, eu sei, mas eu não quero que nada lhe aconteça, pois existem muitas pessoas perigosas no mundo. - ela revelou preocupada e a abracei de lado.

— Espero que essas panquecas fiquem prontas logo, estou morrendo de fome. - falei e ela riu tirando o peso dos ombros.

Após uma curta conversa voltei para o meu quarto e pesquisei o endereço, é de um apartamento, um apartamento perfeito. Eu liguei para o número endereçado e tudo que eu descobri é que eu havia acabado de virar dona de um dos apartamentos e nada mais.

Eu lembrei que Elijah tinha muita influência, e se ligar todos os pontos, é óbvio que ele é extremamente rico. Mas eu me pergunto, por que ele faria isso por mim?

Bom, eu precisava devolver o apartamento a Elijah, existem tantos motivos pela qual devo fazer isso que seria até burrice listá-los aqui. Então, em plenas duas da tarde estava na frente de sua casa, respirando fundo para bater na porta.

Em New Orleans - Elijah MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora