Capítulo 4: Charlotte Min

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A parte mais importante dessa história acabou de chegar e eu espero honestamente que vocês sejam pacientes, porque diferente das outras três, eu não tive crianças.

Só dois cachorros e uma quase tentativa de ter pedras de estimação, porque meu marido é um ser humano de procedência duvidosa.

Mas antes que eu parta para os dias atuais da minha vida, gostaria de partilhar com vocês o que aconteceu de sete anos atrás para cá.

E olha que eu nem sou muito de me expor, hein?

Sintam-se privilegiados.
— Babe?! — Ouvi Yoongi me chamar no andar de cima de nossa casa.

Sim, nossa.
Depois de dois anos namorando, Yoongi — com muita insistência e sufoco — me pediu para morar com ele.

Eu não queria, confesso.

Sempre fui sozinha e não via minha vida mudando nesse grau de condições.

Fora que morar junto exige muita coisa, né?

Paciência, tempo, paciência, cuidado, paciência, amor, paciência, respeito e eu já mencionei paciência? Pois bem.

Não que eu acredite em signos ou coisas do tipo, mas botei fé real de que um pisciano com alguém como eu não daria nada certo...

Mas óbvio que o amor sobressai diversas coisas e demos um jeito nisso.

Yoongi simplesmente prometeu que não encheria mais a minha paciência.
— Estou aqui embaixo. — Gritei de volta e vi meu namorado usando uma calça de moletom, sem camisa e com o cabelo molhado descendo as escadas.

Lembram quando eu disse que nós demos um jeito nisso para manter nosso relacionamento estável? Então...

Yoongi e seu corpo, sexo e beijos ajudaram muito nisso.

Não que eu só pense nisso, mas vocês entenderam.
— Você viu meu moletom preto? — Ele perguntou procurando pela peça de roupa na bancada da cozinha, o que na minha concepção não fazia sentido algum ela estar ali, mas segue o baile. Cada um com suas estranhezas.
— Amor, não quero ser chata, mas já sendo... Por que estaria na cozinha? — Perguntei curiosa. Ele cruzou os braços e me olhou sério. — Talvez esteja no cesto de roupas sujas.
— Você tem razão. — Ele sorriu e me beijou na testa.

A parte boa de namorar Yoongi é que, apesar de ser fechado para o mundo como eu, ele me tratava de uma forma extremamente carinhosa e eu não tinha do que reclamar. — Mas não custa nada procurar, né? — Girou os pés sobre os calcanhares indo em direção à dispensa.

Ok, ele também conseguia ser extremamente teimoso quando queria, mas o amor vence tudo, né? Balancei a cabeça em negação e cinco minutos depois ele achou o moletom onde eu disse que ele estava. Bingo!

Nosso relacionamento era ótimo, cada um com seu espaço: Yoongi saía com os caras, eu com as meninas, fazíamos campeonato de Call of Duty para ver quem lavaria a louça do jantar. Também fazíamos competições de Nerfs em casa para ver quem iria lavar a roupa ou lavar o banheiro, mas depois de uns três meses comecei a ter dó, porque convenhamos, eu sou muito melhor de tiro do que ele.

Ah, meu cargo de general do FBI foi consumado logo após nossa última missão e todas as meninas já haviam casado, só eu que estava levando mais em conta a nossa profissão e implorando para Penélope por uma missão nova...

Uma pena que todas tiveram filhos e não puderam se dedicar à nossa carreira como eu gostaria e, vocês devem ter se tocado que eu tenho um sério problema de confiança nas pessoas e obviamente que não consegui fazer missões com outros agentes que não fossem Scott e Jones. Estávamos juntas há muito tempo, simplesmente não tinha como.

The Angels - The rescueOnde histórias criam vida. Descubra agora