Uma Mãe Para a Casa da Lareira.

Livre do Esgoto!

Furina nunca sentiu um conforto naquele lugar, por mais que tentasse ver o lado bom, ele não existia. Seus pais, como ela permanecia os chamando, a entregaram de mão beijada a contrabandistas dos quais eles deviam e depois sumiram do mapa. Com apenas quinze anos, Furina conheceu a traição, a dor e o medo.

Seus atuais "mantenedores" nunca a tocaram de forma que tirasse sua pureza mas, ainda sim, tiraram sua dignidade. Durante três anos de sua vida, Furina foi ferida, teve seu corpo sujo por mãos que não a amavam e forçada a dar prazer àqueles que a mantinham cativa como forma de pagar pelo "conforto" que a forneciam.

Vender ômegas no mercado negro era algo lucrativo e relativamente fácil, desde que, tiverem algumas pessoas de poder envolvidas para encobrir. Furina possuía sua virgindade intacta, por mais que seu corpo fora tocado, seu comprador nunca saberia. Hoje, um leilão seria realizado, e alguém já estava planejando ter a jovem de cabelos brancos.

O rangido da porta despertou a jovem ômega, a voz que vinha da entrada era de Gustafh, seu carcereiro:

- Levante! Hoje alguém vai colocar as mãos em você, você gritando ou não. - Um riso sarcástico acompanhou a fala.

Furina ergueu o corpo e observou o homem na entrada, seus lindos olhos azuis não possuíam vida, como uma casca vazia, a jovem seguiu até atravessar a porta, ao fazer, recebeu um tapa na coxa, o qual arrancou um som dolorido de seus lábios:

- Ah, você também ficou triste? Vai sentir falta do meu pal na sua garganta?

O nojo estampado no rosto da ômega era mais do que o suficiente para responder mas, antes que o beta pudesse dizer algo, um grupo de quatro homens surgiram no início do corredor:

- Ah, Gustafh, achei você! Esse senhor aqui é Lionel, ele pagou de forma adiantada pela jovem que está escoltando, por favor, pode se retirar, assumirei daqui! - O homem de cabelos grisalhos que chegará era Tomn, o mais velho no comércio de ômega.

- Claro, Tomn! Faça bom uso da mercadoria Senhor! - Quando Gustafh passou o grupo, se virou fazendo um sinal obsceno para a jovem.

Furina focou no seu novo "mantenedor". Lionel era um alfa jovem, seu rosto era anormalmente desprezível, como se nem estando dentro de uma igreja pudesse mascarar suas más intenções. Ele sorriu e se aproximou, rodeando a ômega como um abutre, inspecionando seu corpo, seus cabelos e até seus dentes:

- Impressionante Tomn! Manter uma mercadoria em tão bom estado é algo raro. - Lionel parabenizava o mais velho enquanto retirava um maço de notas do bolso do casaco - Uma bonificação pela bom estado do produto!

Tomn recebeu o dinheiro de bom grado, com um sorriso de orelha a orelha:

- Que gentileza dá sua parte senhor! Bem, ela é toda sua! - Tomn guiou Furina até os braços do alfa.

O alfa estendeu a mão para o segurança a seu lado, o que lhe entregou uma coleira de couro, na mesma pendia uma corrente fina de metal:

- Ah, você é magnífica! O instrumento perfeito para tirá-lo do meu caminho!

Sem rodeios, o couro envolveu o pescoço da ômega, um puxão foi dado na corrente para confirmar sua utilidade. Furina se assustou ao sentir o puxão mas, permaneceu quieta. Seu corpo tremia, lágrimas lhe decoravam os cantos dos olhos, diversas vezes tentará parar os abusos, diversas vezes tentará lutar mas, sempre acabava jogada no chão, coberta de roxos e marcas:

- O que foi? Não gostou do acessório? - Ele esperou uma resposta mas, nada veio - Pensei que cadelas como você soubessem falar!

Lionel ergueu a voz, puxando novamente a corrente, não houve reação da de cabelos brancos: