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Jenna

Já se passaram dois meses desde que Emma voltou para casa, graças a Deus ela vem lembrando das coisas aos pouquinhos.

Cada lembrança recuperada é uma conquista.
Agora Emma não fica tão receosa comigo perto dela.

Ela voltou a trabalhar na clínica, mas só vai la três vezes por semana. E eu faço o mesmo com a barbearia.

- Nós fizemos sexo aqui? - Emma perguntou chegando na porta do banheiro. - Digo, parece que me lembro de nós duas aqui.

Enquanto eu tomo banho, a gata fica tentando lembrar das coisas. Privacidade zero.

Ri mentalmente, falo cada absurdo.

- Nossa primeira vez... - Respondi deixando a água cair no meu cabelo.

- Foi boa? - Emma parecia confusa.

- Se quiser vir aqui, te faço lembrar de tudo nos mínimos detalhes.

- Voltou a ser safada. - Emma falou dando uma risada. - Quando vamos marcar a data do casamento?

Encarei Emma sem acreditar no que ela acabou de falar.

- Eu me lembrei daquele dia. Do pedido de casamento, na verdade eu me lembrei de quase tudo.

- E por que não me disse antes?

- Estava tentando lembrar tudo de uma vez.

- Não acredito que finalmente lembrou de tudo. Quer dizer, quase tudo, porque estava perguntando do banheiro né...

- Só não consigo lembrar dos nossos momentos de intimidade.

- Vamos recordar juntas. Vem aqui, confia em mim. - Chamei e a Emma começou a tirar a roupa lentamente.

[...]

Depois do sexo no banheiro, repetimos tudo deitadas na cama, eu estava com saudade de ter o corpo dela todo pra mim.

Emma e eu vestimos a roupa e descemos para a sala.

Senhor Myers estava com a Marie no colo, enquanto conversava com a Lúcia.

- Não acho certo, você é meu patrão.

- Errado. Jenna e Emma são suas patroas, não eu. - Ele respondeu sem se dar conta que estávamos ouvindo tudo.  - É só um jantar, por favor.

- Vou pensar. Você sabe que não tenho com quem deixar a Sofia...

- Ela pode ir com a gente.

- Olá, pessoal. - Falei chamando a atenção deles.

- Boa tarde. - Senhor Myers respondeu.

- Ainda bem que está com a Marie, daqui a pouco vou buscar o carinha na escola.

- Eu conversar com vocês. - Meu sogro diz sério.

- O que foi, pai?

- Eu quero agradecer o que fizeram por mim, por todos esses meses que eu morei aqui. Quero dizer que vou me mudar pra minha nova casa, é aqui no condomínio, então não é tão longe.

- Fez tudo pelas nossas costas, safado. - Falei pra ele. - Mas te desejo sorte nessa sua nova jornada sozinho, depois de tanto chifre, merece ser feliz.

- Você não perde a oportunidade de dizer que fui corno, né?!

- Sabe como é né?! Amor demais por você, sogro.

- Só por isso, vou levar a Lúcia para trabalhar lá em casa. - Ele respondeu e eu dei um sorriso malicioso.

- Sei bem.

- Lúcia, você vai trabalhar com ele? - Emma perguntou.

- Eu disse que vou pensar, ainda não dei a resposta.

- Pai, eu te dou abrigo e você me recompensa, levando minha funcionária embora? - Emma diz surpresa. - Sacanagem.

- Eu não digo nada.






Essa fic tá acabando, falta só um capítulo. Tô pensando em fazer outra.

Vocês preferem que a personagem da próxima fic seja Intersexual ou não?

O Amor é IdiotaOnde histórias criam vida. Descubra agora