Injustiça

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Dante

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Dante

Estávamos todos na sala quando o doutor e a enfermeira nos deu a notícia de que Georgiana perdeu o bebê. Fiquei arrasado pelo meu irmão, porque por mais que não o conhecesse muito bem, pude ver o quanto estavam empolgados com essa gravidez.

Penelope também ficou desolada e antes que eu pudesse ir para o outro lado da sala a fim de consolá-la, Henry a envolveu em um abraço.

Hesitei meus passos por um instante, mas o meu orgulho não importava naquele momento.

Henry escorregava sua mão pegajosa até demais em seu ombro a envolvendo de lado.
Mas mesmo assim, me aproximei deles e encarei seus olhos tristes.

— Sinto muito senhorita Crane.

Ao dizer isso, fui surpreendido por ela vindo em minha direção e se abandonando em meus braços. A abracei forte, sentindo seu coração bater contra a boca do meu estômago. E lhe depositei um beijo no alto da cabeça.

— Fique tranquila, sim? Com toda certeza não faltarão oportunidades pra eles nos fabricarem novos sobrinhos... — Tentei animá-la com uma piada.

Ela franziu o cenho e ergueu seu rosto para cima enquanto se afastava.

— Como é?

— Digo... — Meu coração afundou-se dentro do peito. Tenho sérios problemas para controlar a minha língua. Impressionante!

— O que está insinuando? — Acho que ela me entendeu mal.

— É irmão, o que está insinuando? — Henry me desafiou arregalando seus olhos azuis, mesmo sabendo o que aquela palavra significava. Afinal, o bebê seria o nosso sobrinho também.

— Está querendo dizer que teremos algo? — Pausou. — Só porque eu te abracei? — A miúda parecia um cãozinho raivoso. Fiquei constrangido com sua suposição. Seus irmãos e Andrew se aproximaram a fim de entender o que estava acontecendo.

— Nã- Não. Não foi isso o que eu quis dizer! — Enfatizei mesmo não sendo tão má ideia assim.

— Bem. — Pigarreou. — Então o que quer dizer? — Ela cruzou os braços. É incrível como aquela mulher consegue me intimidar.

— É, irmão! O que quer dizer? — Henry me desafiou mais uma vez. Eu vou dar uns bons cascudos nele quando tudo isso acabar!

— Era pra contarmos com um pouco mais de delicadeza e em um momento mais propício, mas...

— Mas... Mas o quê?

Confissão proibida de Georgiana Crane (OS CRANE- PHILOISE). Onde histórias criam vida. Descubra agora