Aemond Targaryen sempre fora alheio a presença de sua sobrinha, a casta e perfeita aos olhos de todos que ficavam a sua volta. Visenya Targaryen, filha de um pecado, não passava de uma garota mimada a qual ele jamais olharia.
Até ele a ter, até a d...
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O dia clareou mais brevemente no dia seguinte, ainda ao amanhecer príncipe Aemond levantou - se para seu treino matinal com uma vontade terrível de se esconder o restante do dia em algum lugar fechado e longe da luz solar após suas atividades do dia.
Decidiu que passaria o resto da manhã na Biblioteca do Castelo, um local mais afastados de todos e escuro o suficiente para que a dor de cabeça que sentia naquela manhã passasse. Com isso poderia fingir que estava estudando algo importante, tarefa essa que realmente fazia em dias mais calmos.
O príncipe estava tendo uma boa paz na parte mais afastada e escuta do local, sentado em uma das mesas com os olhos fechados e deitado nos livros. — Isto foi interrompido com a presença de duas vozes incrivelmente irritantes e risadinhas.
Ele revirou os olhos no mesmo instante, querendo saber quem seria a estragar sua privacidade.
— Ele é formidável. — Aemond escutou a voz de Baela, filha de seu tio Daemon entrar no local ao lado de sua sobrinha Visenya enquanto cochichavam uma para a outra.
De onde estava elas não poderiam o ver. Com sorte as garotas sentariam e não fariam barulho, assim poderia continuar a fingir estudar onde estava e permanecer quieto o resto da manhã.
— Formidável. — debochou Visenya com desgosto nas palavras. — Não procuro um cavalheiro formidável.
— E o que procura então? — perguntou a garota curiosa. Aemond por um momento se interessou no assunto a qual conversavam com tanto cochicho. — Amor?
O príncipe não sabia ao certo que tipo de assunto garotas como elas conversavam, na realidade sequer se importava com isso. Sua irmã Haelena não o incomodava com tais assuntos, preferia permanecer sozinha com sua solitude e interesses do que compartilhar seus desejos com os irmãos ou quem quer que fosse.
Pela primeira vez o príncipe quis prestar atenção em algo além de espadas e livros.
De certo a resposta poderia ser interessante. A sobrinha a qual passara tantos anos longe, tão inalcançável e protegida, sonhava com o amor em um casamento? Certamente algo quase impossível considerando sua posição e títulos.
Aemond já sabia a resposta daquela pergunta se fosse feita para ele: suas ambições estavam longe de passar perto do amor e tinha completa noção que jamais teria um casamento feito de sentimentos, nada além de dever e responsabilidade política com sua família.
Ouviu a sobrinha debochar das palavras:
— Amor... — Sentiu um ar de desprezo em sua voz. — Não sou tola de achar que há espaço para amor em meu futuro.
— O que procura então em um cavalheiro se consegue recusar todos que aparecem? — perguntou Baela.
Aemond se esquivou para frente tendo a certeza que elas não o veriam ali.