CAPÍTULO 03

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✶ AVISO - Este capítulo contem topicos senviseis como abuso sexual.

CAPÍTULO 03
CHRISTINE DAAE

- Cresceu, hein, pirralha. - A voz profunda e familiar corta o som abafado de dentro do bordel.

Eu travo na hora, meu corpo congela em uma fração de segundo. Meu sorriso desaparece instantaneamente.

- Damon. - Seu nome sai como veneno.

O segurança, que antes me devorava com os olhos, agora mantém seu olhar baixo, submisso, com a simples presença de Damon.

Damon Moretti D'angelo Castellano.

Uma força da natureza.

Eu não me dou ao trabalho de fingir com ele. Ele nunca foi como os outros.

Ele dá um passo à frente e analisa após muitos anos. Com seu olhar enigmático ele sorri.

- Como tem passado? - ele pergunta, com um sorriso provocador nos lábios, e com seus olhos estão fixos nos meus.

O encaro de volta, sem nenhuma paciência para seus jogos mentais.

- O que você está fazendo aqui? - Eu pergunto.

Nos seis anos em que observo Dimitri, Damon raramente apareceu, e em nenhum desses momentos ele pôs os pés neste bordel.

- Acho que deveria te fazer a mesma pergunta, Tiff. - Ele enfatiza o nome, e meu sangue ferve.

- Não mudou nada, Damon. - Retruco. - Sempre no lugar errado, na hora errada.

Ele ri, o som é baixo e quase irritante.

- E estou errado? Afinal, aqui está você, viva e... bem diferente. - Ele inclina a cabeça ligeiramente, observando meu cabelo.

- Todo mundo muda com o tempo, Damon. - Eu disparo, tentando encerrar essa conversa. - Você deveria tentar também.

Ele sorri sem os olhos, aceitando a provocação. Ele faz um gesto simples com a mão, e o segurança, que antes bloqueava minha entrada, imediatamente se afasta, nos deixando passar.

- Confesso, estou surpreso com sua nova aparência. - Ele diz, pegando uma mecha do meu cabelo.

- As pessoas mudam, Damon.

Ele abre caminho, e eu o sigo, ciente de que, mesmo sem Dimitri presente, Damon sempre soube exatamente como me perturbar. Talvez até mais do que eu gostaria de admitir.

- Engraçado. - Ele faz uma pausa - Como sobreviveu ao 'incidente'?

- Se me der licença, eu tenho coisas a fazer. - Digo, cortante. Me lembrando daquele dia.

Mas antes que eu possa me mover, sinto a mão dele no meu braço, firme, mas não agressiva. Apenas o suficiente para me fazer parar.

- Não me toque.

Ele solta, mas não sem antes inclinar-se mais perto, a voz baixa.

- Não deixe ele saber que você está viva... Não tem noção como a cabeça dele está fudida.

Claro que sei.

Sei melhor do que qualquer um como a mente de Dimitri funciona.

- Se ele souber que você está viva... você não vai ter tempo de fugir. Ele vai te caçar até o fim.

Uma parte de mim se sente afrontada e outra se corrói desejando isso.

A ideia de ser caçada por Dimitri, de finalmente confrontá-lo, faz com que algo profundo em mim desperte, sendo mais específica entre minhas pernas.

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⏰ Última atualização: Sep 22 ⏰

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