[1] Eles simplesmente não têm nenhuma prova

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"Por que sinto que isso é uma punição por alguma coisa?" Potter reclamou, parecendo irritado. "Eu não percebi que 'trazer um consultor' significava... você." Ele olhou para Neville enquanto falava, mas era óbvio que a última palavra foi dirigida a mim.

"Você não está sendo punido", disse Neville pacientemente, tentando entregar-lhe um pedaço de pergaminho com nossos termos contratuais padrão.

Teimoso como sempre, aparentemente, Potter o ignorou. "O que eu fiz para merecer isso?", ele perguntou à sala em geral. "Pecados cometidos em uma vida passada?"

"Você já viveu duas vidas," Neville apontou. Ao olhar questionador de Potter, ele acrescentou, "O quê? Todos nós lemos a biografia de Skeeter."

"Não autorizada," Potter resmungou baixinho. "E imprecisa."

"Que pecados você poderia ter cometido, afinal?", perguntei, incapaz de resistir. "Acumulando multas de biblioteca?"

"Oh, eu não sei," Potter retrucou. "Aparatação sem licença? Usar a maldição Cruciatus? Ser responsável pelas mortes de—"

"Você usou a maldição Cruciatus, Potter?", perguntei, interrompendo o que certamente seria uma história tediosa e trágica. "Não achei que você tivesse isso em você."

Sua carranca se aprofundou.

"Você tem profundezas secretas de raiva inexplorada?", perguntei, apreciando o rubor que se espalhava pelas bochechas de Potter, a tensão crescente em sua mandíbula. "Você gostou? Torturando todos os—"

"Eu não vou me defender diante de você, de todas as pessoas", ele retrucou.

"E o que isso quer dizer?"

Potter deu de ombros irritado, como se estivesse afastando um pensamento desagradável. "Não se preocupe, Malfoy."

"Uh," disse Neville, inserindo-se na conversa inesperadamente. "Se pudéssemos voltar ao assunto em questão..."

"Claro," disse Potter imediatamente. Ele pareceu castigado, como se de repente tivesse percebido que ele estava, de fato, ainda no trabalho, e que tínhamos visitado o escritório dos Aurores com mais do que uma disputa verbal em mente. "Er — o trabalho de consultoria. O que eu estava dizendo?"

"Que trabalhar com gente como eu seria abaixo da sua posição", eu o lembrei prestativamente. "Ah, e você mencionou algo sobre usar maldições das Trevas ilegais. Uma conversinha encantadora, na verdade. Pena que não pudemos fazer isso durante o chá."

Potter empalideceu. Como a maioria dos grifinórios, ele preferia insinuações à grosseria aberta. Sem dúvida, ele se achava acima dessas coisas.

Neville, enquanto isso, parecia estar tentando não rir. Os cantos de sua boca se contraíram. Eu afirmo que Neville Longbottom teria se saído surpreendentemente bem na minha Casa.

"Eu não quis dizer..." Potter tentou, antes de ficar em silêncio.

Eu não tinha vontade de ouvi-lo tentar se explicar. Na verdade, eu preferiria deixar uma manada inteira de Centauros me levar na bunda (de uma vez) do que ter que ouvir mais da conversa fiada de Harry Potter.

"Simplesmente ignore-o, Harry," Neville disse, ainda lutando contra uma risada. "Se eu tivesse um nuque para cada vez que ouvisse a história de Draco de 'ai de mim, eu era um Comensal da Morte', eu seria mais rico do que você é agora."

"Você certamente não teria mais que trabalhar para mim", concordei, embora sem malícia.

"Se é ouro que você precisa, Neville", Potter começou, parecendo abalado.

Embrace the deception | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora