004

13 0 0
                                    

"𝗧𝗮𝗹𝗸 𝘁𝗼 𝗺𝗲, 𝗯𝗮𝗯𝘆 𝗜'𝗺 𝗴𝗼𝗶𝗻𝗴 𝗯𝗹𝗶𝗻𝗱 𝗳𝗿𝗼𝗺 𝘁𝗵𝗶𝘀 𝘀𝘄𝗲𝗲𝘁, 𝘀𝘄𝗲𝗲𝘁 𝗰𝗿𝗮𝘃𝗶𝗻𝗴, 𝘄𝗵𝗼𝗮, 𝗼𝗵 𝗟𝗲𝘁'𝘀 𝗹𝗼𝘀𝗲 𝗼𝘂𝗿 𝗺𝗶𝗻𝗱𝘀 𝗮𝗻𝗱 𝗴𝗼 𝗳𝘂𝗰𝗸𝗶𝗻𝗴 𝗰𝗿𝗮𝘇𝘆 𝗜-𝗜-𝗜-𝗜-𝗜 𝗸𝗲𝗲𝗽 𝗼𝗻 𝗵𝗼𝗽𝗶𝗻𝗴 ...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

"𝗧𝗮𝗹𝗸 𝘁𝗼 𝗺𝗲, 𝗯𝗮𝗯𝘆 𝗜'𝗺 𝗴𝗼𝗶𝗻𝗴 𝗯𝗹𝗶𝗻𝗱
𝗳𝗿𝗼𝗺 𝘁𝗵𝗶𝘀 𝘀𝘄𝗲𝗲𝘁, 𝘀𝘄𝗲𝗲𝘁 𝗰𝗿𝗮𝘃𝗶𝗻𝗴, 𝘄𝗵𝗼𝗮,
𝗼𝗵 𝗟𝗲𝘁'𝘀 𝗹𝗼𝘀𝗲 𝗼𝘂𝗿 𝗺𝗶𝗻𝗱𝘀 𝗮𝗻𝗱 𝗴𝗼 𝗳𝘂𝗰𝗸𝗶𝗻𝗴
𝗰𝗿𝗮𝘇𝘆 𝗜-𝗜-𝗜-𝗜-𝗜 𝗸𝗲𝗲𝗽 𝗼𝗻 𝗵𝗼𝗽𝗶𝗻𝗴 𝘄𝗲'𝗹𝗹 𝗲𝗮𝘁
𝗰𝗮𝗸𝗲 𝗯𝘆 𝘁𝗵𝗲 𝗼𝗰𝗲𝗮𝗻"
– 𝘊𝘢𝘬𝘦 𝘣𝘺 𝘵𝘩𝘦 𝘰𝘤𝘦𝘢𝘯 • 𝘋𝘕𝘊𝘌

P᥆᥎: Aᥣιᥴᥱ

Eu estava no carro da Alexandra, e cara, parecia que nossos pais se entendiam melhor que a gente, tipo, sério, eles falaram o caminho inteiro até o nosso novo apartamento. Enquanto isso, eu e Alexandra íamos colocando as fofocas em dia (embora eu já não tinha mais o que contar, porque já tinha falado tudo pelo telefone, né?).

- E aí, como é a escola? Você me dizia que era uma bosta. - perguntei, meio curiosa.
- Realmente, mas agora que você tá aqui, vai ficar muito mais legal! - ela respondeu, óbvio que falando a verdade, né? Com toda certeza.

Eu sempre gostei de me mudar, porque, tipo, eu posso criar uma nova história e deixar tudo pra trás. O que passou, passou. Que se lasquem , sabe? Lá em Belém a gente era a dupla mais top do ano, e aqui não vai ser diferente. Claro, não que eu seja chata, longe disso. Na real, eu me considero bem diva, pra falar a verdade.

- Lar, doce lar - suspira o pai da Alexandra, com aquele ar sarcastico de sempre, já estava sentindo saudades.

Quando eu olho em volta, meu queixo cai. O condomínio era enorme e lindo, cheio de árvores, gramados verdes, e prédios modernérrimos. E o melhor de tudo? Eu era vizinha da Alexandra! A gente ia continuar colada uma na outra, igual em Belém. O prédio dela ficava logo ao lado do meu, então era só atravessar o jardim pra chegar na casa dela. Isso ia ser um máximo! Já dava pra imaginar as noites de filme, as fofocas sem fim e as tardes na piscina do condomínio. Concerteza, eu ia adorar viver aqui. Não é pra qualquer um, sabe? Eu e Alexandra éramos um time invencível.

Agora era só esperar pelas novas aventuras. Que venha o colégio!

🤍

Meu apartamento estava completamente vazio, quase ecoava. Só tinham os móveis básicos: um sofá, uma mesa de jantar simples, e um armário na cozinha. O resto das coisas, como minha cama, as caixas com minhas roupas, livros e todas as outras tralhas, ainda tavam vindo no caminhão de mudança. Aquele caminhão parecia que nunca chegava!

Resolvi ir pro meu quarto. Lá só tinha o colchão jogado no chão, meio improvisado, mas era o que tinha pra hoje. Peguei meu lençol de cama floral - o meu favorito, claro. Pode passar o tempo que for, eu sempre vou amar flores! Tem gente que acha bobo, mas eu amo aquele padrão de florzinhas coloridas. Me lembra da natureza, da leveza... sei lá, é o meu jeitinho, né?

E, sim, pode parecer coisa de criança, mas eu ainda acredito em fadas. Fala sério, vai dizer que elas não existem? Alguma coisa mágica tem por aí, certeza!

Eu tava quase me rachando de medo, sério! Amanhã é meu primeiro dia de aula e só de pensar nisso já me dava um frio na barriga. Tentei me distrair organizando minha mochila. Coloquei os cadernos e os materiais dentro da minha mochila preta, aquela que eu já usava na escola antiga. Alexandra tinha me dado um documento com o cronograma das aulas, pra eu não me perder.

Quando eu fui ver, logo na segunda-feira tinha uma aula que eu nunca tinha ouvido falar na vida: Educação Doméstica . Tipo, o que é isso? Vou aprender a lavar roupa, passar pano, cozinhar? Me deu um bug mental. Enfim, tomei meu banho e coloquei meu pijama que havia comprado na shein. Fiz minhas necessidades básicas, me cuidei e fui dormir. Quase tinha me esquecido de colocar o despertador.

🤍

(TRIMMMMMMMMMMM!)

NÃO.

Acordei e a primeira coisa que fiz foi desligar o despertador no celular, 5:00 da manhã. Olhei para os lados, meio confusa, mas sim, estava no Rio de Janeiro. Ainda meio zonza, levantei rápido e fui direto para o banheiro. Lá fiz todo o meu ritual matinal de sempre: tomei banho, fiz meu skin care e me arrumei. Escolhi minha roupa e, claro, prendi o cabelo num rabo de cavalo central, daquele jeito que mandam no colégio.

Estudo num colégio militar, então, sabe como é, né? A farda tem que estar impecável, sempre bem passada. Não pode ter um fiapinho de cabelo solto. Coloquei uma maquiagem básica, nada de mais, só para não ficar de cara lavada. Depois, passei uma flanela no sapato para deixá-lo brilhando. Não tem como escapar, eles pegam no pé. E agora que tô no ensino médio, a cobrança vai ser ainda maior. Não vão pegar leve comigo, certeza! Já tô até esperando as broncas de hoje.

Pulei o café da manhã. De novo.

🤍

O primeiro tempo era de Educação Doméstica. Ainda bem que tinha a Alexandra do meu lado. A gente foi pra escola juntas, igual no 6º ano! Nossa, que saudades do Rafinha, meu amigo do coração. Mas agora a gente tá em salas diferentes, então me despedi dela e fui pro laboratório.

Quando entrei, cara, minha vontade era de me enfiar num buraco e sair correndo DE VERDADE. A sala tava CHEIAAAAA e, sério, todo mundo olhou pra mim com aquela cara de: "???". Gente, tô com o quê? Misericórdia, que vergonha.

Pedi permissão pra entrar, tentando não fazer muito barulho. Quando eu finalmente sentei, adivinha só? Fiquei do lado de um menino... LINDO. Tipo, sério, quando o Rio de Janeiro começou a ficar cheio de gringo? Quer dizer, ele parecia gringo. Alto, cabelo castanho, olhos verdes. Fiquei meio sem saber o que fazer.

A professora começou a aula, falando sobre como cozinhar era uma habilidade essencial e blá blá blá. No final, ela disse que a gente ia fazer um bolo.

Sem saber o que fazer, pego a forma que estava na prateleira colada à parede da sala de aula e volto para a minha bancada. Faço a massa do bolo bem rápido e despejo dentro da forma. Agora, preciso do recheio. Uma calda, talvez? Peço a calda para uma menina a minha frente, que de forma não tão gentil me empresta, coloco a jarra com calda ao lado do meu bolo e me viro para procurar a espátula, encontrando-a volto ao balcão.

Respiro fundo, e ainda de olhos fechados pego a jarra, meus dedos continuam gelados, não toquei em nenhuma superfície quente. Abro meus olhos e contemplo a vista: derrubei toda a calda no bolo do garoto gato que parece gringo. Acabou minha vida no Rio de Janeiro, tchau.

Amor e Amizade à moda Rio - Alexandra Amorim & Alice AntunesOnde histórias criam vida. Descubra agora