Dois alunos do ensino médio, Mauricio dos Santos e Artur Quadros. Namorados que não revelam no namoro na escola por medo de preconceito, Maurício é goleiro titular do time de futebol e Artur titular do time de basquete
- ESSE CAPÍTULO PODE CONTER GATILHOS ENTÃO SE NÃO SE SENTIR CONFORTÁVEL NÃO LEIA.
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Murillo Lucena- São Paulo, 01:30 AM
Eu e Gabryel éramos melhores amigos desde que eu me conheço por gente, mas as coisas começaram a mudar quando eu me pegava pensando nele de outro jeito. Já me peguei olhando para a boca de Gabryel enquanto conversávamos e tive que me segurar para não atacar seus lábios que eram estranhamente macios e levemente rosados, sei disso pq uma vez, quando estávamos bêbados ele me beijou. Mas não lembra pq além de beber ele se drogou para esquecer de sua ex namorada, Alice, e bom fizemos aquilo, me culpo até hoje pq ele não estava consciente durante o ato, fui descobrir que ele havia se drogado no outro dia de manhã quando ele acordou em outro quarto. Que tipo de amigo que eu sou? somente eu sabia o motivo de Gabryel ter Ansiedade e problemas de confiança, fui a única pessoa que ele pode desabafar de verdade e se liberar chorar. Não vou falar quem deixou meu menino assim, só posso falar que ele foi estuprado quando tinha 10 anos pela pessoa que ele mais confiava depois da mãe dele. Sou tirado dos meus pensamentos quando ouço uma batida na porta do meu quarto, estranho já que eram 01:30 da manhã e estava sozinho em casa, levanto da cama e vou até a porta abrindo-a, me assusto quando vejo Gabryel parado na porta com o rosto vermelho cheio de lágrimas e o mesmo estava todo arranhado.
- Lô, eu posso ficar aqui com você hoje?- Gabryel me pergunta com a voz embargada pelo recente choro, ele era meu vizinho e vivíamos um na casa do outro mas isso estava estranho por ele chegar de madrugada. Paro por um segundo e raciocino o motivo acendendo uma luz na minha cabeça.
- Ele fez alguma coisa com você?- Pergunto preocupado e ele não fala nada e me abraça, voltando a chorar.
- Claro que você pode ficar, fica o tempo que precisar- Falo e o aperto no abraço, depois de um tempinho ele me solta e eu fecho a porta do quarto a trancando já que sabia aquele homem era louco e não duvido que ele invadisse a casa atrás de Gabryel.
- Me conta oque aconteceu- peço sentando em minha cama e ele deita colocando a cabeça no meu colo e fico mexendo em seus cabelos para acalmá-lo.
-Eu tava' dormindo e ele entrou no meu quarto e chaveou a porta, ele se aproximou de mim e eu percebi que ele tava alterado acho que ele estava bêbado. Enquanto ele se aproximava da minha cama ele tirava o cinto, ele subiu encima de mim e eu me desesperei não conseguia tirar ele de cima de mim. Eu chutei ele fazendo ele sair por cima de mim, como punição ele pegou o cinto e bateu nas minhas costas com a parte da fivela até sangrar, ele arranhou meu rosto e tampou a minha boca com uma mão e com a outra abaixou a minha calça.- O abraço de novo não deixando ele completar o que ia falar, Gabryel estava chorando mais do que antes e eu estava cantarolando " Veracruz" do Mc Kevin essa era a música favorita dele e acalmava ele.
Depois de uns 30 minutos vejo que Gabryel dormiu agarrado em mim, ia fazer carinho em suas costas quando lembrei que estavam machucadas. Levanto um pouco sua camiseta e meus olhos se enchem d'água ao ver seu estado, suas costas estavam com cortes não muito fundos mas que sangravam bastante e a pele estava em um vermelho vivo. Me deito fazendo Gabryel dar um pequeno gemido de dor por causa dos cortes, amanhã vou cuidar dos cortes pq não queria acordar ele pq seria difícil para ele dormir depois.
Acordo com Gabryel resmungando de dor, olho para ele e vejo que os lençóis embaixo dele estavam cheios de sangue principalmente na sua bermuda. Sinto algumas lágrimas grossas descerem pelas minhas bochechas e eu vou para meu closet me liberando chorar, não vou chorar na frente dele. Depois de um tempo me acalmo e volto para o quarto encontrando meu menino acordado com a mão cheia de sangue e uma cara de dor, sua expressão muda assim que ele me vê virando uma cara de choro, vou para a beira da cama e ele com uma certa dificuldade engatinha até mim me dando os braços como uma criança pedindo colo, ele era bem grudado em mim principalmente quando estava com dor ou alguma coisa do tipo. Pego ele no colo com cuidado fazendo ele segurar firme na minha camiseta deixando seus dedos levemente brancos, seguro em sua cintura o apoiando em mim para ele não cair. Vou para o banheiro com ele e pego umas bandagens aprova d'água e coloco nos cortes que estavam nas costas de Gabryel, ligo o chuveiro em uma água morna e tiro as roupas de Gabryel e eu fico só de cueca, entro em baixo da água e meu menino se aperta mais em mim pelo choque da água quente com o corpo frio. A água lavava o sangue que não parava de sair de dentro de Gabyel, só estou imaginando o que aquele homem fez com ele para o machucar tanto desse jeito meu menino coloca a cabeça na curvatura do meu pescoço e se agarra mais em mim pela dor no quadril, vejo que parou de sair sangue então desligo o chuveiro e saio do box enrolando uma toalha no corpo de Gabryel. Vou para meu closet e pego uma camiseta preta junto de uma bermuda branca do palmeiras e uma cueca que estava na embalagem, deixo meu menino na minha cama junto com a roupa e eu vou volto para o closet colocando uma cueca preta, uma bermuda preta do Manchester United e uma camiseta branca. Pego o kit de primeiros socorros e cuido dos cortes nas costas de Gabryel e passo uma pomada em um arranhão no rosto de Gabryel pq estava bem feio e fiquei com medo de infecionar, guardo as coisas no lugar e deito ao lado dele fazendo ele grudar em meu peito, eu passo as mãos pela sua cintura e ele passa as mãos no meu pescoço grudando em mim como se a vida dele dependesse disso.
