Policial na casa de Nour

30 7 0
                                        

Dois dias depois

Era uma manhã ensolarada quando o policial chegou à casa de Nour. Emanuela estava na cozinha, preparando um café, enquanto Nina estava no sofá, mergulhada em suas redes sociais. O toque da campainha interrompeu a tranquilidade.

- Vou atender! - disse Emanuela, enxugando as mãos no pano de prato.

Ela abriu a porta e encontrou um policial de expressão séria.

- Bom dia, senhora. Sou o Detetive Almeida. Posso entrar?

Emanuela hesitou, mas deu espaço para ele entrar.

- O que aconteceu? - perguntou, confusa.

- Precisamos conversar sobre o acidente do seu marido, Júlio.

Nina levantou-se imediatamente, ficando bastante nervosa

- Por que isso ? - perguntou ela, tentando manter a calma.

O policial respirou fundo antes de continuar.

- Eu lamento informar que não foi um acidente. Alguém quebrou os freios do carro dele. Ele não teve como evitar a colisão com o caminhão.

Emanuela ficou paralisada. As palavras dele ecoavam na sua mente.

- Quebraram os freios? - repetiu, sua voz tremendo. - Como você sabe disso?

Ele olhou nos olhos dela, avaliando cada reação.

- Estou investigando. Precisamos saber se você tem alguma ideia de como alguém poderia fazer isso.

Emanuela franziu a testa, perplexa.

- Você está insinuando que eu teria quebrado os freios do carro do meu próprio marido?

O policial cruzou os braços e continuou:

- Você tinha motivos para querer vê-lo morto. Júlio e você brigavam muito, não é? E soube que ele te traiu...

A menção à traição fez o coração de Emanuela disparar.

- Como assim ele me traiu? - perguntou, indignada e confusa. - Você está dizendo que eu sabia?

O detetive não desviou o olhar.

- Emanuela, você não sabia? Ele tinha um caso com outra mulher. Isso foi confirmado por testemunhas.

Nina não aguentou mais e interveio:

- Espere um pouco! Isso é absurdo! Você não pode estar desconfiando dela!

O policial se virou para Nina.

- Eu só estou fazendo meu trabalho. Precisamos esclarecer os fatos.

Emanuela sentiu uma onda de raiva

- Júlio pode ter cometido erros, mas eu nunca desejaria a morte dele! Ele era o pai das minhas filhas !

Almeida balançou a cabeça lentamente.

- Eu entendo que isso seja difícil para você. Mas é preciso considerar todas as possibilidades. Alguém queria que ele estivesse morto e você é uma das pessoas mais próximas a ele.

Nina se aproximou de Emanuela, segurando sua mão.

- Ele está sendo injusto! Não há provas contra ela!

O detetive suspirou e olhou para as duas mulheres.

- Eu sei que isso é complicado, mas precisamos investigar todas as pistas. Se você realmente não sabia sobre a traição, precisamos descobrir quem mais estava envolvido na vida dele antes do acidente.

As gêmeas Onde histórias criam vida. Descubra agora