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Amália
No dia seguinte me levaram para conhecer o galpão para onde as azeitonas são levadas após a colheita, lá ela é processada para a produção do azeite de oliva, pude fazer degustação e é um produto de excelente qualidade. Passei a manhã conhecendo cada etapa de como acontece a produção.

Depois do almoço, no início da tarde, foi a vez de conhecer o galpão para onde são levadas as uvas colhidas

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Depois do almoço, no início da tarde, foi a vez de conhecer o galpão para onde são levadas as uvas colhidas. Os galpões ficam em lados opostos da fazenda, cada qual próximo a sua plantação. Também pude acompanhar como acontece todo o processo de produção do vinho e do suco de uva que eles produzem, conheci a adega onde ficam armazenados os tonéis e a adega onde alguns vinhos das primeiras safras ficam expostos. Achei tudo tão organizado, os funcionários são moradores da região e todos parecem muito satisfeitos e felizes trabalhando aqui. Isso me deu um pouco mais de segurança, é lógico que eu sei que a equipe que o Lucas faz parte não iria me mandar para um local para eu correr riscos, mas depois de tudo o que eu passei toda a novidade é um pouco assustadora.- Esse lugar é enorme.- falo impressionada.

Paulo - É sim, mas começamos muito menor, com menos da metade do que temos hoje.

Amália - É mesmo?

Karina - Sim, e começamos plantando as oliveiras, ainda não tínhamos esse maquinário todo e usávamos a parte da casa onde hoje ficam os quartos para possíveis funcionários, lá fazíamos a nossa produção.

Paulo - É verdade, mas aos poucos fomos evoluindo, comprando mais terras, construímos o primeiro galpão, adquirimos as máquinas e usamos parte dos lucros para comprar mais terras e iniciar a plantação das videiras.

Karina - É, e cá estamos nós.

Amália - Que história de vida linda.- eles sorriram. Conforme os dias foram passando, eles foram me mostrando como as coisas funcionavam por aqui e me ensinando o trabalho no galpão dos vinhos. Nos primeiros dias eu mais observei do que de fato trabalhei, mas aprendi a manusear uma das máquinas e foi ali que me deixaram. O trabalho não era pesado, apesar de passar longas horas em pé, eu ainda não sei como me sinto sobre tudo isso, mas com certeza trabalhar tem me feito muito bem já que ocupa grande parte do meu dia e evita que eu passe 24 horas pensando no Lucas.
Mesmo o seu Paulo se oferecendo para me levar diariamente, pois segundo ele ambos iremos para o mesmo lugar, na maioria das vezes prefiro ir de bicicleta ou até mesmo andando, o que leva entre 20 e 40 minutos. Isso me faz bem, além do ar puro e da bela paisagem, eu me distraio. Os meus chefes são pessoas incrivelmente gentis, hospitaleiras e simples. Apesar do enorme patrimônio fazem questão de trabalhar e estar a frente de tudo.
Nos momentos de descanso e folgas, eu sigo com o hábito de escrever no meu diário, já tem dois meses que estou aqui e sempre escrevo sobre o Lucas. Fui até a cidade algumas vezes e é tudo tão diferente, tão tranquilo, uma cultura linda e tão diferente de tudo o que eu conheço, espero me adaptar brevemente.
Por aqui estamos no meio da primavera, em transição para o verão e tem dias que tem feito muito calor, as chuvas de verão também estão dando o ar da graça, mas é gostoso tomar banho de chuva. A única coisa ruim é que o calor me deixa sem energia para trabalhar, mesmo dando o meu melhor, sinto que não estou rendendo como deveria ou gostaria.

Karina - Você está bem? Parece tão pálida e tão cansada.- falo assim que ela coloca o pé em casa.

Amália - Acho que é o calor. Vou subir e tomar um banho pra ver se essa bobeira passa.

Karina - Pode ser, tem feito muito calor mesmo. Depois do banho, desce para comer algo.- ela concorda e sobe alguns degraus enquanto volto para a cozinha, mas dou poucos passos e ouço um estrondo forte, que me faz voltar. Fico muito nervosa quando encontro Amália caída desacordada aos pés da escada.


Pessoal, faltam poucos capítulos para o final. Espero que estejam gostando de acompanhar.

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