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Foi quando as cartas pararam de chegar. Heejin já não mais me escrevia. E como poderia? Eu tinha papel, tinha tinta, selos e tempo, mas não sabia que palavras escrever. No fundo, eu nunca sabia o que escrever para ela. Heejin era tão boa em tudo, principalmente em dar a própria vida. Muitas vezes me sentia pequena perto dela porque o apreço que Heejin nutria por mim, me constrangia. Ela me tratava como se não existissem muitas de mim no mundo e me ouvia como se ignorasse outras tantas pessoas dispostas a falar.

É que Heejin era minha melhor amiga e talvez por ser minha melhor amiga eu não tivesse ainda notado o quão infinita para mim ela era. Naquela tarde fui tomado pelo medo súbito de perdê-la; veio em mente o cenário vazio de um mundo sem Heejin... E nele eu era apenas metade de mim.

Desde antes tinha me acostumado a ter Heejin. E por tê-la todos os dias, achei que a teria para sempre.

Cheguei em casa e me desesperei. Angustiada, decidi ler a última carta enviada por Heejin, entregue duas semanas atrás, que dizia:

"Daejeon, 25 de agosto de 2022, sexta-feira."

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⏰ Última atualização: Oct 14 ⏰

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