Gatilhos: prisão
Pov: Sirius Black
(Um mês depois-novembro)Esse mês foi um inferno. Não fisicamente, mas psicologicamente. Ter matado Peter mexeu comigo.
Eu não me arrependo, mas também não queria ter feito. Ele mereceu, eu sei, mas eu o matei. Tirei sua vida. Só porquê ele tirou a de James e de Lily.
Eu precisava me entregar. Sei que os comensais da morte iriam fazer de tudo para me encontrar, ja que matei um deles. E se eles me encontrassem, iriam encontrar Remus e Harry.
-Vou me entregar-eu falo assim que acordo para Remus
-O que?-ele pergunta acabando de acordar
-Vou me entregar. Vou contar para o ministério que eu matei Peter-eu falo me sentando na cama
-Não, você não vai-Remus fala com um tom firme
-Remus...-eu começo
-Eu sou seu marido, e estou te dizendo para não fazer isso. Você vai ser preso em Askaban! Temos um bebê para cuidar-ele fala
-Eu sei. E eu, como seu marido, estou dizendo que eu vou fazer isso. Eu preciso fazer isso-eu falo
-Você não precisa. Sirius pensa em Harry-ele fala
-Pensa em mim-ele pega em meu rosto
-Harry não merece crescer com um assassino sendo seu padrinho. E você não merece um marido assassino-eu falo sentindo uma lágrima cair em meu rosto
Me levanto, me troco, para ir para o ministério. Ainda estava bem cedo. Perto das seis da manhã, entao Harry continuava a dormir.
Desço, Remus vem atrás de mim, me seguindo pelas escadas.
Eu não queria abandonar Remus, não queria mesmo. Mas eu também não queria que ele e Harry se tornassem alvos além de mim. Sei que preso, mesmo que por ter tirado a vida de um traidor, estarei de certa forma seguro. E garantindo uma infância digna para Harry.
-Quero que você não fale de mim para Harry. Quero que eu desapareça da vida de vocês dois-eu falo
-E quando eu vou te ver de novo?-ele pergunta chorando
-Quando for a hora-eu respondo
Eu não deixaria Remus sozinho com Harry se eu não soubesse que eu iria voltar, eu iria de alguma forma sair de Askaban, provar que eu não matei Lily e James, e que Peter traiu os Potter.
-Sirius! Porra! Não faz isso-ele me abraça
-Se eu não fizer, você vai acabar me perdendo também. Para sempre. Essa culpa, não está mais me deixando dormir a noite-eu falo
-E o que eu vou fazer enquanto isso? Você é meu marido...-ele fala pegando em meu rosto, em meu corpo, em meu cabelo, tentando gravar em sua memória como eu era
-Vai criar Harry, vai ser feliz. Eu preciso fazer isso. Você vai conseguir-falo
-Eu...Sirius...por favor-ele fala
-Eu preciso. Desculpa-eu falo me soltando de seus braços
-Me dá um beijo pelo menos antes de ir-ele pede
Pego em seu rosto, lhe dando o beijo mais demorado que eu conseguia.
-Eu vou voltar, eu prometo-eu falo
-Eu vou te esperar-ele fala
Gravo seus olhos em minha memória.
Limpo suas lágrimas, beijando sua testa, fazendo carinho em seu cabelo.
-Eu te amo-eu falo
-Eu também te amo-ele responde
Saio de casa, chamo um taxi.
Pov: Remus Lupin
(Dois anos depois-1983)Harry estava enorme, três anos de idade. Sirius havia sido preso, após se entregar para o ministério.
Eu não aceitava que ele tivesse feito aquilo. É muito difícil criar uma criança sozinho. E fingir que Sirius nunca existiu.
Ele me pediu para não falar dele para Harry, e bom, eu estou fazendo isso. Harry sabe que não é meu filho biológico, mas também sabe que eu lhe amo muito.
Quando Sirius foi preso, saiu em todos os jornais, o culpando da morte de James e de Lily, além da morte de Peter. Sirius fazia falta, todos os dias da minha vida, desde quando eu acordava, até a hora que eu ia dormir.
Tinha guardado todas as suas coisas, fotos, roupas e moto em um galpão. Sirius parecia ter um plano, que eu não fazia ideia de qual era, mas tinha. Então eu nao jogo fora suas coisas, apenas as guardo, esperando ele voltar.
-A onde estão seus óculos?-pergunto servindo panqueca para Harry
-No quarto-ele responde
-Depois quero que pegue eles, vamos andar no parque-eu falo
Me sento ao lado dele na mesa. Euphemia e Fleamont tinham morrido alguns meses depois que Sirius foi embora.
Então eu estava sozinho com Harry, literalmente. Era eu e ele, contra o mundo. Eu estava trabalhando em uma escola bruxa, pequena, como ajudante de professor, não era uma Hogwarts, mas já era um bom começo.
Harry ficava cada dia mais parecido com seu pai, mas ainda com os olhos de sua mãe. Tínhamos adotado um gato, laranja, bem peludo. Harry o adora. É o Pompom.
Coloco Harry em sua cadeirinha no carro, e dirijo até o parque ao ar livre que você aqui em Godric's Hollow. Chegamos desço ele. Pego em sua mão e ando com ele por lá.
-Quer ir no parquinho?-eu pergunto
Ele responde que sim, então ali passo minha tarde com ele. Penso como Sirius iria estar feliz aqui, com a gente, e pensando quando ele iria voltar.
O foda era que ele estava em Askaban, a prisão mais segura do mundo. Não dava para nem visitar ele, nem mandar uma carta. As noites de lua cheia também estavam sendo um pesadelo, mas eu estava dando conta.
Devo dizer que só estou me mantendo forte por causa de Harry, se não eu já estaria maluco.
Meu vício em cigarro aumentou drasticamente, não fumo na frente de Harry, mas assim que ele vira de costas, estou com um na boca.
Os ataques de comensais haviam parado de acontecer depois do Halloween de 81, segundo Dumbledore, Harry conseguiu destruir Voldemort.
Harry tinha uma cicatriz, do lado esquerdo de sua testa, que se assemelhava com um raio, que ele ganhou nesse dia.
Não faço ideia do que o futuro tem guardado para a gente, nem sei se Sirius realmente vai voltar. Ele recebeu uma prisão perpétua. Até mesmo Dumbledore depôs contra ele.
Eu fui ao julgamento, mas Sirius pediu que eu mentisse. Falasse que ele realmente tinha matado James e Lily, ele me disse que tinha um plano, que eu iria o ver novamente, que era so uma questão de tempo.
E eu, bom, acreditei em meu marido.
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Oficialmente o último capítulo dessa fanfic :(
Leiam os agradecimentos!!!
Malfeito, feito
(1090 palavras)
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The marauders boys-3
ФанфикÚltimo ano em Hogwarts, fechamento de um ciclo, a infância é deixada para trás, está na hora de amadurecer. De deixar as brincadeiras bobas e fazer o que é certo. O numero de ataques de comensais da morte crescem a cada dia, uma sociedade secreta é...