BLOOD SAMPLE | JK + Tae + S/N

chapter 21 ✔

Observo atentamente o policial, percebendo que o corpo dele estava trêmulo, denunciando o estado de exaustão. As roupas dele estavam rasgadas, e encharcadas com suor e o sangue dos ferimentos. Os homens de Taehyung permanecem ao redor dele, e eu posso ver a crueldade nos olhos de um deles, enquanto pegava um taco de beisebol em cima de uma pequena mesa de metal. Meus olhos se arregalam, e o choque me atinge como um soco no estômago. Eu sabia que Taehyung tinha um lado sombrio, e que ele tem pessoas que fazem o trabalho sujo por ele, mas ver isso de perto era quase uma tortura mental.

Meu corpo congela por um momento, e a bile sobe na minha garganta quando percebo que eles não estavam apenas torturando esse homem. Eles pretendem matá-lo, provavelmente para evitar algum tipo de aviso para alguém. Tinha o conhecimento de que mafiosos faziam isso, como forma de ameaçar o verdadeiro alvo. E eu sabia quem era. Jungkook.

— Ei! Parem com isso! — Minha voz saiu mais alta do que eu esperava, e de repente todos os olhares se voltam para mim. Meu coração martelava no peito, mas eu não posso simplesmente ficar aqui e assistir em silêncio enquanto destroem a vida de uma pessoa inocente — Vocês não podem fazer isso! Não dessa forma.

O policial, extremamente machucado, conseguiu abrir minimamente seus olhos, encarando a minha figura, completamente aterrorizado. O observo negando repetidas vezes com a cabeça, como se tentasse me avisar para não contrariar aqueles homens. Era um risco que eu estava disposta a cometer, para tentar, mesmo que pareça impossível, salvar ele.

Um dos homens, que estava mais próximo de mim, deu um passo em minha direção. Ele era um homem imponente, com músculos definidos que parecem quase esculpidos. Sua altura ultrapassa a média, e seus ombros largos davam a impressão de que ele ocupava todo o espaço ao seu redor. O rosto é angular, com uma mandíbula forte e uma expressão que raramente se suaviza. Ele tinha uma cicatriz que atravessava o rosto, e me encarou com um olhar frio e vazio, fazendo-me engolir em seco.

— Isso não é da sua conta, garota. Você não sabe no que está se metendo — Meu corpo treme, mas insisto em manter a postura, escondendo o medo que sentia.

— Eu sei o que vocês estão fazendo, mas matar ele assim? Vocês estão indo longe demais! Taehyung não aprovaria isso! — Dou um passo na direção do homem, mas antes que eu pudesse dar mais um passo, sinto uma mão forte agarrar o meu braço, me puxando bruscamente para trás. Tento me soltar, enquanto sentia o pânico crescendo dentro de mim, mas é inútil. O homem que me segurou me lança um olhar de desdém, me empurrando para o lado, como se eu fosse um incômodo menor.

Caio contra a parede, o impacto tirando meu fôlego por um momento. Meus olhos se enchem de lágrimas, não pela dor física, mas pelo sentimento de impotência. Eu realmente achava que poderia fazer alguma diferença, mas esses homens são cruéis, brutais, e agora, mais do que nunca, percebo o quão fundo estou envolvida nisso tudo.

De repente, ouço passos firmes se aproximando e levanto os olhos. Parado na porta da sala, estava Taehyung. Seu rosto está calmo, mas seus olhos são sombrios, perigosos, como o mar antes de uma tempestade. Ele olha para os homens, e sem dizer uma palavra, eles param, como se o mero olhar dele fosse suficiente para interromper qualquer ação. O silêncio na sala torna-se sufocante e rarefeito.

— Soltem ela — Ele ordena, com sua voz baixa, mas cheia de autoridade.

O homem que me segurava se afastou imediatamente, e Taehyung caminha até mim, com seus olhos fixos nos meus. Minha respiração está entrecortada, meu corpo ainda tremendo, mas a presença dele me acalma de uma forma estranha. Ele se ajoelha na minha frente, seus dedos deslizando suavemente pelo meu braço, onde fui agarrada, como se quisesse se certificar de que eu estava bem e sem nenhum ferimento.