Prólogo - Um bom marinheiro nunca abandona seu Navio.

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Eram mais ou menos 16:30 da tarde. Bagi se encontrava cara a cara com Tina Kitten, sua noiva, ou melhor, ex noiva. As duas não pareciam estarem tendo algum tipo de discussão ou coisa do tipo, era uma conversa pacífica, sobre como ambas não poderiam seguir um relacionamento por conta de suas vidas pessoais, como Tina, sendo princesa do Inferno: seria impossível ter um relacionamento com um humano. E Bagi, como uma detetive, que não pode arriscar sua vida ou de quem ama, não poderia ter um relacionamento. Pois seria perigoso para seu parceiro.

— “Então, Tina... Eu sinto muito por estarmos tendo um momento como esse agora.”

Bagi disse, colocando uma caneca de café sobre a mesa. De forma calma e serena, sendo curta e direta.

— “Muito obrigada por entender, eu espero que você consiga achar alguém que possa realmente amar. Perdão por não ter sido essa pessoa, porém eu realmente te amei, muito. Obrigada!”

— “Oh, no way Bagi! It's okay, and thank you very much! I hope you find someone you can love too.”

Tina diz com um pequeno sorrisinho sem mostrar os dentes em seu rosto, seus olhos relaxados, parecendo quererem chorar, ela não queria estar nessa situação, amava Bagi. E muito! Mas, amar é deixar ir. Mas ela não queria deixar Bagi ir, de forma alguma...

— “Eu espero que dê tudo certo pra ti.”

Bagi estende sua mão, indicando que queria apertar a mão da menor.

A morena entrega a mão para Bagi e ambas apertam suas mãos.

— “Hmmm, so I guess this is goodbye..”

— “Sim, eu também acho.”

— “Goodbye, Bagi.”

Tina diz enquanto se transforma em sua verdadeira forma de demônio. A garota acena para Bagi e some em fogo roxo.

— “Adeu- Oh. . .”

Neste momento, Tina estava em casa. No inferno, como deveria estar como de início. Provavelmente seu pai não gostaria nada disso, e Bagi sabia que ela levaria uma bronca e provavelmente, Tina não poderia mais subir a Terra por um tempão, E por conta disso: elas não se veriam tão cedo. as vezes é difícil ser filho de Lúcifer...

Bagi se direciona a sala e se senta na poltrona. Ainda carregando sua caneca de café, a mulher olha para baixo, vendo seu reflexo no líquido marrom levemente escurecido. A fumaça sobe para seu rosto, no percurso fazendo um tipo de zigue-zague. Bagi suspira fundo, e aprofunda suas costas na poltrona.

— “Eu só não queria ter que ver todo mundo ir embora agora. . . Hoje vai ser longo. Bem longo.”

Agora, já são 17:45. Bagi está em sua casa, arrumando suas malas. Cellbit e Bagi tiveram uma conversa antes de que Bagi poderia ficar com seu castelo, pois iria ficar na Ilha Quesadilla sozinha, como refúgio. E Cellbit concordou, já que iria para o México com Roier. Até que, um pequeno pentagrama rosa levemente avermelhado pode ser visto atrás de Bagi, de dentro dele sai Ironmouse, a rainha de um dos reinos do inferno.

— “HEYA BAGI!”

A voz animada de Mouse pode ser ouvida, Bagi adorava sua voz, é tão triste pensar que nunca mais a ouviria...

— “Hello, Mouse! How are you doing?”

Bagi diz enquanto se vira para o demônio presente na sala.

— “I’m Okay! Have you seen Cellbit? I want to say goodbye for the last time!”

— “He must be at the port.”

Através da Máscara | BIAGI.Onde histórias criam vida. Descubra agora