Incerteza Cruel

Prólogo

Essa história é para as garotas que tem medo da vida, que vivem duvidando muito e vivendo com cautela;
Para as garotas que já viveram muitas aventuras mas agora só querem paz;
Para as garotas que tem Daddy Issues;
Para as garotas que gostam de um mingau de aveia;
Para as garotas que tem medo do amor.

Havia acabado de chegar da escola, com os pensamentos a milhão, arrumei a casa e fui ao mercado comprar algumas coisas que faltavam, me sentei no quintal e peguei meu telefone, procurei em meus contatos o número de uma amiga minha, Angelina, teclando rapidamente uma mensagem, queria uma luz, uma explicação, estava totalmente confusa.

— "Angelina... Pelo amor de Deus, me ajuda!" — Pedi desesperada olhando para minha amiga.

Já não sabia mais o que fazer, a sensação de aperto no coração e as borboletas em meu estômago não me deixavam em paz nem por um segundo para que eu pudesse respirar, com muita calma, a jovem de cabelos vermelhos me olhou e sorriu.

— "Sua situação tá complicada em... Mas vamos tentar raciocinar o que está acontecendo." — Com uma pausa ela se sentou e tomou um gole do suco que estava na mesa. — "Você está apaixonada por ele?"

— "Eu não diria assim..." — Juntei as mãos e encarei a mesa de madeira, realmente não achava que era amor, mas também não tinha certeza se era só uma paixão boba.

Sentia sim algo de diferente quando via ou pensava nele, tinha ciúmes quando ele dava atenção para outra garota, gostava quando ele estava com sua atenção em mim, sempre tentava ser interativa em suas aulas ou simplesmente ficar quieta prestando atenção e admirando sua paixão pela matéria dada.

Confesso que sempre achei interessante e já imaginei como era seu físico por debaixo daquelas roupas, mas foi por culpa de minha melhor amiga que não sabia calar a boca e dias antes havia falado a pior besteira audível em todo o planeta Terra.

— "Bom, analisando os fatos, eu diria que algo nele te atraí... Ele faz seu tipo?"

Encarei minha amiga, não acreditará que ela perguntou isso de forma tão óbvia e indelicada, respirei fundo e me preparei para falar.

— "Então, ele..."