Fake it till make it

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Enfim mais um cap de Origens~ yay \o/

relevem erros pq nn revisei e estou postando isso meio bêbada hahahahahaha 

a boa noticia é q estou conseguindo escrever mais de Origens~

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Como era aquela frase mesmo? "Fake it till make it"- Fingir até conseguir. Paraná pensava isso quando saiu do próprio carro em frente ao endereço que lhe enviaram, tinha quase certeza que estava no lugar certo pois via a fumaça e tinha o cheiro de carne assando. Estava indo para um churrasco afinal de contas neh.

Se sentia nervoso. Muito mais do que imaginava. E a pequena discussão com São Paulo não ajudou em nada. Suspirou. Teimou em ir, agora aguenta.

Apertou a campainha. Ouviu gritos em espanhol dentro da casa. Ah pronto. Estava no lugar errado. Esperaria atenderem e se desculparia pelo erro. Seu espanhol não era dos melhores mas seria suficiente para isso.

— O-oi? — A porta abriu e apareceu alguém quase da sua altura, tinha o cabelo castanho, uns tons mais claro que o seu próprio e seu sotaque denunciava que realmente era estrangeiro.

— Holla, desculpa, acho que errei o endereço. Estoy procurando a la casa do Rio Grande do Sul. Sabe dizer donde é?

Credo. Se sentia horrível com seu espanhol enferrujado e a cara dele estava em dúvida, com certeza não o entendeu. O que poderia fazer? Lhe mostrar o papel com a anotação do endereço? Será que adiantava?

— Oi, sim, desculpa, é aqui mesmo. — Uruguai interrompeu sua linha de raciocínio. — Você seria....

— Paraná. — Estendeu a mão em cumprimento.

— Paraná?! ¿En serio? — Com a surpresa o hispânico começou a misturar as duas línguas. Se encararam por um momento, um tentando entender o outro. — Discúlpeme. É que eu pensei que seria outro tipo. — Gesticulou no ar indicando que se referia ao seu corpo. — Tu não faz o tipo dos amigos do Sul, por isso a surpresa. — Estendeu a mão finalmente cumprimentando de volta. — Eu sou o Uruguai. Prazer.

Porra justo quem menos queria conhecer! PR forçou um sorriso amigável, mas até que não precisou de muita força, todo o atrapalho dele fez com que quisesse ser gentil. Apesar de ser o tal do namorado a quem deveria odiar.

— Igualmente. — Foi educado.

Uruguai encarou o moreno a ponto de fazê-lo ficar desconfortável sem perceber.

— Entre, entre. — Abriu espaço para que o moreno passasse pela porta. — Você é o primeiro dos convidados dele a chegar. Até agora só veio os meus amigos. — Seguiu andando, guiando-o pela casa até onde todos estavam. — Él gosta muito de ti. Fala toda hora seu nome. — Paraná travou e seu coração deu um pulo dolorido no peito. — Já ouvi muito a seu respeito, mas achei que fosse alguém do tipo físico dele, se tu me entendes.

O paranaense travou a mandíbula tentando reaver sua presença de espírito.

— Acho que gostar é uma palavra muito forte. — Murmurou entredentes. — A gente vive brigando.

— E mesmo assim ele te convidou. — Uruguai falou aquilo com um sorriso, sendo simpático. — Ele é muito reservado, então não acho que teria problemas em te proibir de vir. Está claro que queria sua presença aqui.

A cabeça do paranaense ainda rodava com aquela informação quando chegaram à área da churrasqueira.

— Que demora guri, nem parece que conhece a casa. — Sul falou rudemente e alto sem se virar.

— Cala a boca chinelão. — Paraná revidou agressivo refletindo o que todos os outros pensavam. Apesar de ter falado em espanhol a conotação daquela fala era clara em todas as línguas. — Ele tava me recebendo! — Defendeu o uruguaio sem pensar muito. Era reação automática revidar o barbudo.

Todos travaram no lugar sem saber o que fazer ou como reagir, Sul tinha a fama de ser brigão então estavam todos em expectativa e surpresos com a chamada de atenção do menor.

O gaúcho travou no lugar por um momento absorvendo a afronta e se virou em seguida com um sorriso agressivo na cara.

— Tinha que ser o piazinho de merda. — Largou o que tinha em mãos enxugando-as na toalha. — Bem vindo patife. — Estendeu a mão em cumprimento.

Paraná encarou o membro estendido com desdém claramente ignorando o toque.

— Se trata seu namorado assim, quero nem saber como trata os amigos.

Foi visível uma veia de estresse saltar na testa do loiro que recolheu a mão falando entredentes, mas ainda tentando manter um sorriso, que estava absolutamente rígido e agressivo. No fundo se divertia, mas o sentimento estava bastante enterrado pela reatividade da petulância alheia.

— Quem disse que eu sou seu amigo. — Empurrou o indicador na testa do paranaense com força fazendo-o ter que dar um passo para trás. — Ou que quero ser.

— Me larga jaguara! — Paraná explodiu irritado se debatendo em resposta, o que gerou risos no anfitrião.

Sul apoiou a mão em sua cabeça e o virou em direção à caixa térmica.

— Tem cerveja ali, pode pegar uma. Fique a vontade. — Finalmente o soltou se afastando rindo.

Todos os hispânicos observavam aquilo ainda sem acreditarem que o menor realmente enfrentou o gaúcho com tanta atitude e que o mesmo não explodiu de raiva. O paranaense pegou da bebida e se virou procurando um lugar para sentar, se sentia absolutamente deslocado. Ainda mais com os outros o observando atentamente.

— Chega mais. — Paraguai chamou com a mão estendida. — Senta aqui. — Indicou um dos lugares próximos. — Tudo bem? Eu sou o Paraguai e esse é o Chile. — Indicou o outro país. — Ele não fala muito português. — Avisou brando.

O brasileiro sorriu divertido e educado.

— E eu não falo muito espanhol. Mas acho que vamos conseguir nos entender.

— Fala sim! Tu falou conmigo lá na porta. — Uruguai entrou na conversa.

— Tudo errado neh. — Incrivelmente estava conseguindo se soltar com eles, eram pessoas legais.

— Mas foi incrível o que tu fez com o Sul. — Paraguai emendou o assunto assim que PR se alojou no lugar.

A colocação daquela frase fez um frio descer na espinha do paranaense, não podia evitar, estar em volta do barbudo disparava essas reações em si. Tinha muitos segredos e reservas quanto a ele.

— Não tem medo dele te bater?

Paraná bufou.

— Se ele ousar tocar em mim eu brigo de volta. — Falou agressivo e divertido. Porém todos os outros o olhavam um pouco preocupados. A diferença de tamanho e força era muito gritante para ser ignorada. — Tah, talvez um pouquinho. — Admitiu baixinho. — Mas eu sei quando cair fora. — Se defendeu e olhou para o uruguaio. — Tu que não devia deixar ele falar assim contigo.

— E-ele não é assim sempre. — Uruguai foi obrigado a responder. — Só quando está sob estresse. — Recebeu olhares reprovadores de Paraguai, ele parecia revoltado com aquela dinâmica.

— Mas ele é estressado o tempo todo.

Paraná começava a simpatizar com o hispânico. Droga! Queria odiá-lo mas estava sendo difícil, o uruguaio era muito legal, evocava a vontade de defendê-lo naturalmente com aquela carinha de inocente e indefeso.






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Quem diria que o Paraná ia simpatizar com o Uruguai neh~

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