"Tem medo de nada
Gosta do perigo
Gosta de saber que vai me ter no escondido
Vai acabar comigo."
Carolina é uma jovem que está no segundo semestre de medicina na faculdade da USP. De personalidade forte e inteligente, sempre lutou para conquistar o...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
raphael veiga 💚
Estaciono o carro em frente ao prédio. Solto um longo suspiro antes de sair do carro. Sophie é minha afilhada, eu a amo, sempre estive presente em todos os momentos que pude, mas dessa vez, em específico, não só eu percebi que a insistência por parte de Bruna pra ter minha presença é além disso, é algo pessoal.
Os pais de Sophie perceberam também, tanto que Renata me enviou um áudio, dizendo que entendia a situação e se eu não aparecesse hoje. O Diogo é um dos caras mais calmos que já conheci, me ligou ontem, disse que eu poderia simplesmente visitá-los outro dia. Bom, se até meus amigos percebem, por que ela não nota o quão invasiva pode ser? E se estou aqui, é por Sophie, minha afilhada que merece um padrinho presente e contínuo.
Pego a sacola de papelão no banco de trás e saio. Os minutos até que eu chegue o apartamento são longos. Estou feliz e quero parabenizar Soso, mas sua madrinha não vai ser das mais fáceis de lidar por agora. Acho que essa tensão que eu carrego só fugiria de meus ombros com uma pessoa ao meu lado.
Assim que a porta é aberta, Renata me oferece um sorriso e um abraço sincero. Eu correspondo e antes que possa raciocinar, aquele par de olhinhos me apanha. Sophie abre os braços pra mim e eu me agacho, a pegando no colo.
– Padinho' - Ela fala, enquanto me aperta nos bracinhos.
- Oi, princesa Sophie - Beijo seu rosto. - tudo bem?
A coloco novamente no chão e continuo abaixado, pra poder conversar.
– Tudo, agora vem! - Ela me puxa, eu sigo seus passos tentando andar devagar.
Diogo carrega uma bandeja nas mãos e sorri quando vê a filha tão animada me arrastando pelo apartamento. Eu lhe ofereço um sorriso também. Vejo os pais de Renata e os cumprimento apenas com um tchauzinho, porque agora tô meio ocupado. Alguns amigos do casal estão por ali, mas não consigo parar pra apertar a mão de cada um.
A Sophie me solta quando chega em seu quarto de brinquedos e me mostra a gigantesca casa rosa da Barbie. Eu sorrio com sua animação. Ela é uma criança esperta, mas ao mesmo tempo, não dá tanta bola pra presentes. Porém, esse, uma casa da Barbie, o sonho de toda garota, faz ela reluzir de felicidade.
