- Adeus, filhota! Beijinhos!
Deixei a Carlota no jardim de infância e segui para a editora.
- Bom dia, Ema! - disse ao passar pela recepção do edifício.
- Bom dia, Diana. Mais um dia de trabalho?
- É isso mesmo. Há alguma reunião ou coisa do género hoje?
- Havia uma, mas como a informei ontem, foi alterada. Fica com a tarde livre.
- Certo, muito obrigada e resto de bom dia.
Dirigi-me à minha sala de trabalho, cumprimentei as minhas colegas e sentei-me ao computador.
- Viste que ficámos com a tarde livre? Maravilha, ahn!
- Mesmo ótimo, Rute. Vou buscar a miúda a horas e tudo.
- Bem, antes disso ainda há muito para fazer.
Assenti e retomei o trabalho.
Durante toda a manhã, estive a rever um livro de romance. Admito que me deu um certo desconforto. Eu costumava rever os livros de ficção científica, crime e mistério, enquanto a Rute ficava com os romances, os contos de fadas e esse tipo de coisas. Acontece que ela me pediu para fazer este, porque tinha os prazos muito apertados e assim. Como boa colega, aceitei, já que não tinha nenhum livro com a data próxima. Só não esperava que me fosse logo calhar uma história de amor.
- Almoças cá? - disse a minha colega, quebrando-me a linha de raciocínio.
- Almoço. Reservei refeição.
- Tenta desmarcar e vamos almoçar fora. Pode ser que dê.
Abri o site das senhas para a almoço e tentei.
- Não consigo.
- Também não consigo marcar.
- É uma pena.
Trabalhámos mais cerca de meia hora, até chegar à hora de saída.
- Bem, vou comer, até amanhã!
- Até amanhã!
A Rute ausentou-se e eu terminei de ler o capítulo em que estava. Após isso, fui almoçar.
Comi e retornei ao escritório para ir buscar as minhas coisas.
Estava de saída quando ouvi alguém a chamar-me.
- Diana, ainda bem que ainda cá estás.
- O que se passa? - questionei ao ver a recepcionista na minha sala.
- Alteraram o prazo de entrega do livro que estás a fazer. Em vez de dia vinte é para daqui a dois dias.
Arregalei os olhos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O meu personagem - Pedro Gonçalves
Fanfiction"Mãe, vamos a Alvalade! Quero ver o Pote!" Era tudo o que a pequena Carlota pedia à sua mãe, Diana. Mesmo sendo ainda bastante nova, com os seus quatro anos, queria ver todos os jogos e tinha como ídolo o número 8 dos leões, Pedro Gonçalves. Diana...