Passei o dia todo com o Izuku. Ele não saiu do meu lado nenhum segundo, acho que deve ser pelo fato que o Bakugou contou do meu sumiço, ou talvez, ele só esteja voltando a si.Ele também disse que passaria o dia todo comigo amanhã. Ele estava sendo estranhamente delicado e atencioso comigo. Apesar de tratar os outros com autoridade e sem qualquer sentimento. Parecia que ele vestia uma máscara, mas qual máscara? Ele voltou a si, ou ele só está jogando de bom moço comigo?
- Por que está me olhando assim? - ele me perguntou, assim que desligou o telefone e o guardou no bolso.
- Ahm? To te olhando normal! - retruquei.
- Não. Você está me olhando com os olhos cerrados. - ele se aproximou e se agachou em minha frente, colocando sua mão em cima das minhas pernas - O que estava pensando?
Ele mantinha o contato visual comigo. E eu precisava fazer o mesmo, não podia cair nos truques dele. O olhei nos olhos por mais alguns segundos antes de inventar uma desculpa.
- Se você ia me dizer "não", se eu sugerisse de sairmos e andarmos pela cidade. - eu permaneci o olhando, diferente dele que mudou seu olhar para minha boca e depois para sua mão que estava em cima da minha perna. - Então?
- Claro que a resposta seria sim. Se você quer, a gente pode ir, mas estamos em tempo de reforma, você sabe disso. Foi por isso que discutimos aquela outra vez.
- Não, não discutimos! Eu fui ofendida por você e por eles. Fui humilhada por você naquela vez. Isso sim. - falei firme. Apontei meu indicador na cara dele, o que não foi bem visto, obviamente.
- Você ficou desaparecida por 2 anos. E quando voltou quis mudar algo que não precisa ser mudado. - ele se levantou e me olhou com aqueles olhos frios. - A população não passa mais fome. Estamos criando novas moradias para o povo. O Japão é o país que tem o melhor salário. Sim, ainda tem algumas mudanças a serem feitas. E pessoas a serem exterminadas.
- Pessoas a serem exterminadas? - me levantei do sofá, indignada com suas palavras. - Izuku, você ouviu o que está dizendo?
- Sim.
- Essas pessoas seriam... o pessoal de U.A.?
- Sim, farsantes. Traidores. - ele se aproximou de mim. - Tentaram me parar a dois anos atrás. Depois novamente, a um ano atrás. Todas as tentativas foram em vão, agora, estão em algum lugar escondidos. Covardes.
- Izuku, pra que tudo isso?
- Eu quero criar um lugar perfeito. Eu demorei muito tempo para perceber que aqui não é perfeito. Tive que perde você para perceber isso. Quero um lugar onde eu não te perca para ninguém, nem nada. Eu estou lutando por isso a dois anos. É uma baita dor de cabeça, e você está me dando mais dor de cabeça. Se intrometendo nesses assuntos que não são para você.
Ah, agora eu sou o problema. Ótimo.
- Vamos embora daqui. - falei me aproximando dele. Segurei suas mãos. - Este não é o único lugar para nós. Podemos viver vidas pacíficas.
- Não tente me parar, [Nome]. - ele falou se afastando. - Eu vou ter o que quero. E você vai ver.
Ele se afastou de mim. Saiu andando para fora da sala, me deixando sozinha no meio dela. Senti raiva dentro de mim, muita raiva. Mas não deixei transbordar. Apenas balancei a cabeça negativamente, e me sentei no sofá novamente.
Depois do que aconteceu ontem, pensei que Izuku não passaria o dia comigo hoje. Mas quando acordei, ele estava sentando na cama com um livro em sua mão. Estranhei, mas não contestei.
Logo depois meu pai e Kurono chegaram. Foi a melhor coisa do meu dia, ver meu irmão de novo. Conversamos normal. Tive que fingir naturalidade com o meu pai, e ele, melhor ator que eu já vi. Chorou e me beijou. Como se tivesse realmente feliz em me vê. Falso.
Estávamos na sala de estar, meu pai e Izuku foram até o escritório para resolverem algo. Kurono estava sentado na poltrona a minha frente. Nós entreolhando.
- Você sabe, né? - ele disse, criando uma imagem em minha mente com sua individualidade. Fazíamos isso quando precisávamos conversar as sós. Estávamos na mesma sala só que ele estava cara a cara comigo.
- Sei. Sei de tudo. - me afastei dele. - Está tudo bem. Vai ficar tudo bem. Eu vou resolver isso.
- Como?
- Você sabe das outras realidades, não sabe?
- Sim... sempre soube.
- Como? - caminhei até a poltrona que ele sentava ao lado de fora da nossa mente.
- Ele me contou quando eu era pequeno, quando entrei na sala e o vi usando o teletransporte. Mas me disse que eu não podia ir lá, pôs existia outro "eu". É coexistir com ele era errado. E podia me matar.
- Isso é mentira. - eu falei. - Eu estive lá. Nada aconteceu. Eu fui para lá com Kaori.
- Kaori! Espera! Ela está viva? - ele se aproximou de mim, e se agachou. Me olhou esperando pela resposta.
- Sim. Ah, é uma longa história. Mas ela está em outra realidade, e está bem, é claro. Mas resumindo, preciso da sua ajuda.
- Fala.
- Preciso que você vá a esse lugar. - eu mudei o cenário que tínhamos, e mostrei todo o percurso até lá. - Os pais da Kaori estão aqui, junto com um bando de gente. Se escondendo, é claro.
- Certo. - Ele se levanta e se afasta de mim, ele observava tudo a volta dele.
- Quero que pegue os pais dela, e os levem para a realidade que a Kaori está. - vi ele concorda com a cabeça. - E pegue o Kurono de lá.
- Mas como eu vou fazer isso?
- Da seu jeito. Você sempre foi bom em desculpas. - caminhei até ele. - Eu não posso ir a lugar algum agora, o Izuku está me vigiando. Então, preciso que você faça isso.
- Beleza.
- Deixa eu te perguntar, por que você tem tanto medo dele?
- Quando eu era pequeno, ele me levou até o local que a mamãe morreu. Ele me mostrou 3 vezes o incidente. Com aquela merda de individualidade. - ele se agachou como se aquilo ainda o afetasse. - Ele disse que faria bem pior com você, caso eu não seguisse ordem alguma dele.
- Ele te chantageia. Por isso que você sempre fez questão fazer tudo que ele mandasse e me pedia para relatar as coisas para ele. - ele concordou com a cabeça. - Deixa comigo.
Olhei para o lado, e o cenário imaginário se desfez, a tempo de ver Izuku e meu pai entrando pela porta da sala.
- Então, o que vocês estavam falando? - Izuku perguntou, se sentando ao meu lado.
- Quando o Kurono vai arrumar uma namorada. - menti. O que fez o Kurono rir. Ele se levantou e me olhou.
- Tô saindo. - ele falou, fazendo um sinal de paz com a mão. - Gótica, não desaparece de novo.
- Não é o meu plano. - falei para ele.
Bom dia, meus cheiros! Como vocês estão?
Mãe está bem graças a Deus.
Me contem o que estão achando?
Não esqueçam de votar pf!! ❤️❤️❤️❤️ love yalll
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Ruínas - Imagine Izuku Midoriya (BNHA)
Action[Nome] é filha da um vilão. Enviada para U.A. para monitorar e estudar cada estudante que um dia deseja ser um herói. Mal ela sabia que iria se apaixonar pelo queridinho do Número 1, Izuku Midoriya. - ... Me ame como uma heroína. - Izuku me olhava...